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Channel: Escritos completos do Vão Jogar!
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Butecada Da Vez - Nº 9: As Alegrias Trazidas Por Essa Tal De E3 2014

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Garçom, a conta!

Antes de rolar a E3 2014, nós falamos um bocado sobre as nossas expectativas e palpites para esse evento anual tão aguardado. Logo em seguida a parada rolou de fato, passando pelas grandes, Microsoft, Sony e Nintendo, além de Konami, Ubisoft, EA e outras, e não há como negar que esse foi o ano das promessas para 2015, que por muitos está sendo aguardado como o novo "1998". Vários jogos foram mostrados, demonstrações aconteceram e executivos mais uma vez insistiram em dizer números e mais números. Então agora é a hora do tira-teima, para encerrar de vez o assunto nós perguntamos ao grupo de "escritores de jogos" mais bacanas e "ligeiramente bêbados" que vocês conhecem: o que acharam da E3 2014 e principalmente, qual o anúncio que mais empolgou? Será que agora a nova geração engrena de vez? Houve algum jogo que quase fez o seu coração sair pela boca de tanta emoção? Já chegou a hora de quebrar o porquinho? Senhoras e senhores, tudo isso e muito mais, agora, nas palavras da Família Vão Jogar!!

sucodelarAngelasucodelarangela

Eu não pude acompanhar muito da E3 ao vivo, mas assisti alguns vídeos depois e ainda consegui ver a metade final da Sony no dia da conferência. Continuo afirmando que nada da Microsoft me chama a atenção. E não é novidade para ninguém que eu amo Assassin’s Creed e que estou realmente bem ansiosa para jogar o Unity, apesar da pisada de bola da Ubisoft em dizer que não teremos mulheres Assassinas, com algumas das desculpas mais esfarrapadas ever.

O que realmente me pegou de surpresa nessa E3 foi o anúncio de mais um Rainbow Six, uma das séries mais fodas de FPS estratégico, com novas mecânicas e gráficos renovados. Joguei MUITO o Rogue Spear e joguei um pouco do Vegas, e ambos foram uma experiência muito boa. Também fiquei muito animada com o anúncio de Mass Effect 4. Comprei o Trilogy em uma Flash Sale da PSN, e não me arrependo, o jogo realmente tem um enredo excelente e instigante, e eu estou completamente viciada nessa porra. Segundo o anúncio da E3, o quarto jogo da série não terá mais Shepard (o que, segundo os próprios fãs, não faria mais sentido) e os jogadores poderão viajar livremente pelas galáxias, o que me deixa curiosa para saber como isso vai funcionar.

Por último, mas não menos importante, tem a linda da Lara Croft e o anúncio foda de Rise of the Tomb Raider, que parece muito promissor, ainda mais depois de ter visto o belíssimo trabalho da Crystal Dynamics no reboot da série. Tambémquase tive orgasmos quando vi o Nathan Drake na floresta no trailer de Uncharted 4. Logo após a E3, a Naughty Dog anunciou que as imagens vistas no trailer não eram CGs. Acho meio difícil acreditar se tratando de uma E3, mas sabendo da qualidade aplicada pela Naughty Dog em seus jogos, suspeito que no quesito beleza, o jogo será tão bom quanto, ou melhor do que os outros.

Ah! Tem No Man’s Sky, exclusivo do PS4, que me fez gritar "DO A BARREL ROLL!".


Professor João RobertoProfessor João Roberto

Ok, admito não ter acompanhado a E3 tanto quanto gostaria, mas consegui ver o que mais me interessava. Nem precisa dizer o que, não é? Nintendo. Cara, já está ficando com cara de "ismo", mas com o recente crescimento das vendas do Wii U - e da maior exposição consequente - não tem como eu não esperar coisas boas vindas do lado mais zoado da força. Mas nem tudo é Miyamotoe Cia. Eu vi uma coisa ou outra da Sony e Microsoft e gostei bastante do Forza Horizon 2, cujo primeiro título me agradou - mesmo não tendo jogado muito, justamente por não ter um X360, e que não terei tão cedo. O problema é que eu acho que os jogos de corrida já deram tudo o que tinham que dar. Lembra dos jogos musicais com guitarras e tudo o mais? É mais ou menos por ai. Podem estar super bonitos, com milhões de carros para escolher, mas no final são apenas variações de Need For Speed, Gran Turismo e GRID. Jogo de corrida hoje em dia é complicado, é por isso que eu sigo para as bandas do Mario Kart, mas deixa ele pra depois.

Gostei também de Halo. Os únicos títulos que eu joguei foram os dois primeiros, mas só aquele teaser do ano passado já me fez querer jogar. Pena que é pra Xbox...

E teve a Sony também... Hum... não. Não gostei de nada dela, não. No dia em que fizerem um Reboot de God of War a gente conversa...

E a Nintendo? Bem, não morro de amores por Smash Bros, mas fiquei interessado no novo game, pois o vídeo que vi pareceu bastante promissor. Não, não me impressionei pela adição do Miis, embora pareça interessante, mas por que parece que a jogabilidade foi renovada. GOSH! Como é ruim a jogabilidade de Smash Bros! Aqueles saltos travados, pular de uma plataforma para outra é um caos. Se melhorarem isso valerá a compra. Achei o Captain Toad interessante, mas só isso. O novo Zelda parece bom. Tem o Mario Kart que já é realidade (então, acho que este não conta...). E... Bayonetta 2! É o jogo que eu mais espero jogar no ano que vem! E o novo Star Fox? Xenoblade Chronicles X? Chega! Escrevi demais...

TchulangueroTchulanguero

Sério, essa coisa de ter que trabalhar em semana de E3 deveria ser proibido, é sempre um malabarismo para acompanhar as conferências, he he he. Mas no final eu acho que ir até bem esse ano.

Com a Microsoft eu tive uma desilusão. Não, nada com o Kinect, esse eu já sabia que seria jogado as traças mesmo, mas com o título Sunset Overdrive. Porque em tudo quando é canto que eu lia o povo fazendo referência ao incrível Jet Set Radio, dizendo ser uma espécie de sucessor espiritual, e quando eu fui ver... não tem absolutamente nada de parecido. Ah claro, visual colorido e o cara tira corrimão com o tênis... porra pessoal, não fode, daqui a pouco vão falar que Super Mario Worldé igual God Of War porque em ambos os protagonistas andam.

Da Sony nada muito inesperado, eu falei no Vão Escutar! que curti o The Order: 1886 e continuo achando bacana, mas não, não irei comprar um PS4 por conta dele. Mas confesso que o No Man’s Sky balançou meu coração.

Agora a Nintendo... finalmente aqueles japasfelédaputas deram uma dentro! Não, não foi perfeita e nem a coisa mais incrível do mundo, mas a apresentação dos caras não foi chata e mostrou o que todo mundo espera da Big N: jogos! E foi complicado, porque não pude acompanhar ao vivo, imagina eu vendo o povo no Twitter e o T-ROK tagarelando no messenger do Facebook, e eu lá quase tendo um ataque do coração por não poder ver nada? Pois é... mas no final foi só alegria, porque me mostraram aquele Zelda U absurdo, um Xenoblade novo que eu quero jogar ontem, além de ótimas surpresas como o inusitado e criativo Splatoon, Mario Maker e pasmem, um novo Star Fox! Ainda mostraram mais dos porradeiros Hyrule Warriors e Bayonetta 2, que além de vir acompanhado do primeiro, vai dar direito a novas roupas para a bruxa e... que sainha de Peach hein?! Se tivesse rolado um Metroid e um F-Zero, teria sido perfeito!

Outro ponto que não posso deixar de mencionar é o torneio de Super Smash Bros. Sério, eu nem sou muito fã do jogo mas... eu torci naquela final, confesso.

Ah, Devil’s Third não me convenceu muito, apesar da bateria e do fio dental, e estou chorando por Valiant Hearts não ir para o Wii U... e Metal Gear V... e no novo Batmá :’(

Agora o jeito é ir juntando uma graninha, porque daqui pra frente tem muuuuuuuuuuuuuita coisa boa pra comprar e jogar, adeus 13º!

SomariSomari

Aaah essa E3! Tantas surpresas boas - e ruins - eu tive.

Pra ser sincero nem sei como começar... Então vamos fazer o óbvio e começar do começo.

A apresentação da Microsoft foi muito, muito fraquinha. Mostrou uma tonelada de jogos de tiro, alguns de esportes e mais uma de jogo sem graça. Teve alguns interessantes e que me deram água na boca, mas nada que vá me fazer gastar os 2 mil que o console vale aqui. Dentre eles, posso citar Sunset Overdrive, que me parece ser bem divertido e colorido, e o lindíssimo Ori and the Blind Forest, que parece ter sido trabalhado em cima da engine da Ubiart. Fora isso, necas.

A Sony veio em segundo lugar. Mostrou jogos bastante legais, como Abzu e No Man’s Sky, e me surpreendeu (MUITO) quando resolveram mostrar que vão lançar Grim Fandango novamente. Além disso, um jogo que não foi mostrado no palco, mas me animou um tanto também foi Final Fantasy Type-0, que antes só havia sido lançado no PSP e somente no Japão. Curiosamente, poucos dias antes, um grupo de fãs lançaram uma ISO traduzida do jogo para o portátil da Sony. Destiny teve uma violenta vantagem em cima da versão do Xbox One por um motivo: aquele ma-ra-vi-lho-so modelo de PS4 branco! Mas infelizmente, mais uma vez, a Sony se mostra descartando o pobre PS Vita, reforçando ainda mais a ideia de que agora ele é só mais um add-on pro PS4, além de maaais uma vez não dar nem sinal de The Last Guardian... Triste :/

A Nintendo, por outro lado, só me apresentou coisas que me fizeram pular da cadeira durante seu Nintendo Direct (e o resto da feira). Zelda Wii U foi o ponto alto da empresa! Dentre a tonelada de jogos com gráficos "sóbrios" e escuros, tive um lapso nos olhos quando vi a quantidade de cor e luz que tinha naquele teaser. Talvez o jogo mais lindo de toda a E3 pra mim! Além disso, Bayonetta 2, Sonic Boom e Xenoblade Chronicles X (antes chamado só de X), que já vimos antes, também me empolgaram demais. Ah! Vale falar do teaser "secreto" de Star Fox; S.T.E.A.M, um tactics para 3DS e Splatoon, o jogo de tiro mais inovador e legal de toda a feira. Ah! O torneio de Smash Bros. foi incrível! Bela jogada da Nintendo! E ah! Só para lembrar que o anúncio do ano (para mim, lógico), teve seu primeiro trailer na E3: HOENN CONFIRMED!!!

Para finalizar, as empresas que lançam seus jogos multiplataformas (que não contei acima): Ubisoft e seu Valiant Hearts me animaram muito! Batman Arkham Knight, Rise of Tomb Raider e Destiny são jogos que serei obrigado a comprar (no meu futuro PS4 branco, claro). De resto, muita pouca coisa me animou de verdade.

Enfim, é isso. Nas primeiras seis horas de E3 já logo achei que essa seria a pior de todas que já vi, mas no fim do primeiro dia pude ver que não foi bem assim. Gostei demais dessa E3 e espero que a próxima seja tão boa assim! E espero mais ainda que venham coisas boas para o Xbox One e PS Vita, principalmente, pois eles também merecem.

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E vocês, o que acharam da E3 desse ano? Deixem a sua opinião aí em baixo, nós queremos saber de tudo! E também não deixem de sugerir novos temas para as butecadas, mandem um e-mail para butecada@vaojogar.com.br com as suas sugestões ;)

por Rafa Tchulanguero Punk sobre Butecada Da Vez, E3 em 27/06/2014 às 07:36:12 veja no site

Donkey Kong Country Returns

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Woo-Hoooooo! É o retorno do nosso bom e velho Donkey Kong!

Sim, eu sei que tem muita gente falando do Tropical Freeze, mas eu só tive a oportunidade de jogar o Returns pouco tempo atrás. E como boa fã da trilogia inicial da macacada, eu reverencio a Retro Studios pelo trabalho lindíssimo, digno do nome Donkey Kong Country.

DKC Returnsé o primeiro jogo da série para consoles de mesa depois de Jungle Beat, e o primeiro sem a participação da Rare, o que não afetou em nada a qualidade e diversão do jogo. Esqueça a exploração 3D zoada e a jogabilidade sofrível de Donkey Kong 64. Sim! A Retro Studios traz de volta nossa querida jogabilidade side-scrolling com algumas de nossas trilhas sonoras favoritas em uma dificuldade infernalmente deliciosa (pode isso, Arnaldo?). Mas vamos por partes...

Donkey Kong Country Returns
O jogo já começa daquele jeitinho que todos conhecem: com todas as bananas de Donkey e família sendo roubados pelos Kremlingspelas criaturas malégnas da Tribo Tiki Tak. "E cadê os Kremlings?" você me pergunta. Caras, não sei com certeza, mas o que se diz por aí é que os eles são propriedade da Rare, e como ela é agora da Micro$oft, a Retro Studios não teria tido o direito de usá-los... Se alguém souber se essa informação procede, por favor, deixe uma resposta nos comentários!

Sei que se os Kremlings existissem no jogo, o fator nostalgia seria muito melhor, mas a Retro não fez feio ao criar os Tikis. Por mais que hajam muitos haters por aí dizendo que eles não são inimigos dignos para a série, eu os achei formidáveis e interessantes. Os Tikis chegaram à ilha após serem acordados pela erupção do vulcão lá presente e hipnotizam os animais para roubarem as bananas da família Kong. Como Donkey e Diddy são imunes à cantoria dos Tikis, eles resolvem sair em busca de suas bananas, passando por oito mundos: Jungle, Beach, Ruins, Cave, Forest, Cliff, Factory e Volcano. Cada um desses mundos acaba fazendo algumas (ou várias) referências aos jogos da primeira trilogia, como a própria trilha sonora e/ou as boas e velhas fases com o mining cart!

Mining Cart
Muita parte da jogabilidade da trilogia inicial foi respeitada. Você continua com a boa e velha corrida, o roll, as porradas no chão e o voo (que é executado pelo Diddy Kong com um Jet Pack #SaudadesDixie), além da habilidade de soprar. A diferença em relação aos demais jogos é em como essas ações são executadas, já que o jogo foi adaptado para os sensores de movimento do Wii. Na minha opinião, boa parte da dificuldade absurda se deve à execução desses movimentos nas horas certas e com a habilidade necessária, afinal, pra dar uma rolada, você tem que correr e sacudir o Wiimote, o que não é algo com que os jogadores estejam habituados a fazer... imagine fazer o combo roll + jump na beira de um puta buraco com uma plataforma pequenininha para você "pousar"? Sim, você vai cair... fora da plataforma... várias vezes...

Para muitas pessoas, esses comandos não foram nada bem aceitos. Eu aceitei de boas, sem preconceitos. Apesar de não ser a melhor jogabilidade do mundo, vejo como um desafio a mais, além de todas as outras manobras que devem ser feitas. Vale ressaltar que eu joguei com o Wiimote na horizontal, não me dou bem com a combinação com o nunchuk. Ah, e eu senti falta de jogar com o Diddy no single player, já que não se pode trocar de personagens. Too bad.

Outras características que também remetem aos primeiros jogos é a coleta das letras para formar a palavra KONG, a possibilidade de se balançar em cipós e o uso dos barris em diversas fases. Alguns dos nossos buddies também foram mantidos, como Rambi, que destrói geral e é muito foda, e Squawks, que foi uma certa decepção pois eu adorava voar com ele e agora ele só nos serve de guia para encontrar itens - precisamente, as peças de quebra-cabeça escondidas nas fases. Colete todas as puzzle pieces em uma fase e libere uma imagem na galeria. Colete todas as puzzle pieces em um mundo e libere um diorama. Colete todas as letras K-O-N-G do jogo para abrir o Golden Temple e liberar o Mirror Mode, onde você além de jogar na fase invertida, você não tem a ajuda do Diddy Kong e o Donkey só tem um S2. "Simples" assim.

Rambi Saporra vai destruir tudo! :’)
Ah, quase esquecia de outra parada adaptada pro Wiimote: sempre que você vence um boss no jogo, ou até mesmo no final de cada fase, você pode dar hits no boss ou no barril de fim de fase. E eu apanho DEMAIS para conseguir o timing certo para fazer isso, quase nunca acertava e acabava ficando frustrada e irritada. Chegou um momento que eu acabei desistindo de querer dar hits, porque acabou ficando chato. Quase no fim do jogo eu me toquei que teria que pular exatamente quando o símbolo DK aparecesse, só ele me permitia dar vários hits. Depois de ser tão dããã, acabei tentando sacudir o Wiimote mais algumas vezes, apenas para descobrir que eu realmente sou uma mula no timing ... =T

Boss ending Quem nunca errou o timing, que atire o primeiro nunchuk...
E, olha, vou falar para vocês que... Putaquepariuquejogolindodaporra! Os jogos de Donkey Kong sempre foram elogiados pela sua beleza, que sempre pareceu além do seu tempo (aqueles gráficos 3D lindos do SNES), e DKC Returns não fica para trás, eu babaaaaava com os cenários! Mas eu dou destaque especial para as minhas fases favoritas: as fases que mostravam apenas a silhueta dos personagens. Gente, quase morro do coração a primeira vez que vi e joguei naquela do pôr-do-sol... Nem dava vontade de finalizar ela...

Ainda, posso dizer que, por mais que todo mundo as odeie, eu senti falta das fases da água, que sempre foram algumas das minhas favoritas nos outros jogos, tanto pela própria beleza da fase em si, quanto das músicas. Eu sempre gostei muito de tudo relacionado ao mundo submerso, e Donkey Kong sempre representou lindamente o fundo do mar, do rio, da lagoa, de whatever que tivesse água pelo meio! Além disso, eu acho que era uma quebra bacana na jogabilidade "corrida" do jogo, sabe? Depois de muito " Pula! Corre! Saca do barril! Rola, desgraçado!" era legal ter uma fase mais tranquila, mais devagar. Não sou fã de correria, se fosse, gostaria de Sonic...

Underwater Felizmente, a Nintendo trouxe de volta as fases underwater no Tropical Freeze.
E o melhor: com silhuetas!

E o que dizer da trilha sonora? O jogo traz muita referência da trilogia inicial também, com remixes de algumas das músicas que marcaram toda uma geração de jogadores! Quase todas as músicas são versões das originais, claro que sem a mesma maestria, mas ainda assim muito boas e nostálgicas. Quase dou um treco quando joguei e escutei Vine Valley (World 5-1) e Switcheroo (World 7-6), que para mim são duas músicas foooooodas do primeiro DK. Se você ainda não escutou a trilha sonora do jogo, senta o dedo nessa porra!

Enfim, por mais que Donkey Kong Country Returns tenha tido algumas mudanças um pouco bruscas (como a ausência dos Kremlings), acho ele um título excelente, digno da nome que carrega, extremamente divertido, desafiador e belo, e um tanto discriminado também. Muita gente o condena por ter mudado certas coisas, e acabam ficando cegos a tudo que o jogo traz de bom. Depois de Donkey Kong 64 eu desanimei com os jogos, passei a fingir que só existia a trilogia inicial, mas assim que abri meu coração e joguei DKC Returns, eu voltei a sentir tanto amor por ele quanto pelos outros.

Se você nunca jogou essa lindeza, esqueça tudo que leu por aí, e jogue de mente e coração abertos, porque esse jogo vai te conquistar assim como me conquistou. Então, façam como o Donkey aqui embaixo, relaxem, peguem seu Wii ou 3DS e Vão Jogar!, macacada!

Donkey jogando 3DS

por sucodelarAngela sobre Degustando, Donkey Kong Country Returns, Donkey Kong, Nintendo 3DS, Wii em 04/07/2014 às 07:22:40 veja no site

Uma Noite De Games Em Família

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Ou ainda: "Como fazer um adulto sentir-se uma criança novamente".

Caro leitor, companheiro destas mal traçadas semanais. Talvez você não saiba, mas nós aqui do Vão Jogar! temos um cronograma mensal preestabelecido com datas para que cada um possa se organizar da melhor maneira possível e nosso editor-chefe Rafael "Tchulanguero" Paes sempre cobra que cumpramos nossos trabalhos enviando os textos nas datas combinadas. Admito que eu fujo um pouco disso, pois sempre envio meus textos "em cima da hora" e desta vez não foi diferente. Mas foi por um bom motivo, você vai ver...

Eu não tenho necessidade de explicar isso ou aquilo e você, como bom leitor que é, quer apenas uma leitura agradável sobre o seu assunto preferido, games, que lhe traga uma boa dose de conhecimento aliada a certa nostalgia, estou certo? Mas sabe quando tudo o que você programa não corre como deveria por algum imprevisto? Pois é, imprevistos acontecem e, segundo minha esposa, eu sou "o rei do imprevisto".

Como estou de férias escolares, pensei em sair com ela e minha filha, um programa família mesmo, mas como moro em uma cidade pequena e, como todos sabem, cidade pequena não tem quase nada pra se fazer, fomos ao único lugar onde há alguma coisa: O Shopping Center. Uma vez lá, procurei algum bom livro para comprar, um DVD ou CD, mas não havia nada de bom. Quando vi, minha filha saiu correndo da loja em direção ao outro lado do andar e parou em frente a um lugar especial, gritando "Papai, papai! Abriu!" Explico.

Como em qualquer Shopping que se preze, lá tem uma casa de fliperama, mas eu quase nunca piso lá, muito por conta dos jogos que tenho em casa, fora que sempre achei um absurdo pagar R$ 3,00 em um único crédito. Mas como minha esposa sabe que a última palavra é a minha, ela entendeu quem manda quando eu disse "Tudo bem, se você quer vamos entrar!". Sabe quando você olha desanimado para alguma coisa? Eu estava assim. O motivo de a minha filha gritar "abriu!" é porque o local estava em reforma nos últimos dias, mas admito que não me empolguei. Mas como já estava lá dentro, então fui comprar créditos para minha filha poder brincar um pouco. Pedi 2 créditos e qual não foi minha surpresa quando recebi 2 fichas? Sério. Não sei em outros lugares, mas aqui já tem uns bons anos - mais de 10 - que só se usa aqueles infames cartões. Súbito, lembranças me tomaram de assalto e eu quis registrar aquele momento. Pedi mais alguns créditos para mim e decidi jogar. Mas o que jogar primeiro?

Fichas de fliperama! "Quem já viu uma dessas teve infância!"
Pena que as máquinas disponíveis são tão poucas. Mas o básico está lá: Daytona USA, Street Fighter Zero 2, Tekken Tag Tournament e uma máquina de Pinball. Então, vamos aos jogos:

Street Fighter Zero 2

Fliperama Street Fighter Zero 2
Este jogo me traz uma sensação estranha. Eu tenho ele em casa no Virtual Console, PS1 e emuladores para PC, PSP, mas sempre que vejo uma máquina dá uma baita vontade de jogar. E, além disso, minutos antes eu vi três meninos por volta dos 12 ou 13 anos jogando e xingando o game por não conseguirem ganhar. Nesta hora minha esposa estava jogando um variante de Whack-a-mole e eu comecei a jogar a máquina de Street. Na terceira luta, contra Dhalsin, os meninos pararam atrás de mim para me ver jogar e aquilo me fez lembrar dos tempos em que as casas de fliperama estavam em alta e tínhamos diversas máquinas para jogar. Para a sensação ser completa só faltou o lugar ser escuro, úmido e fedendo a cigarro e cerveja, do jeitinho que era antigamente. Eu zerei sem perder nenhum round, com um sorriso nos lábios, verdadeiramente "me achando", quando os meninos saíram de perto e eu pude ouvir um deles dizer "Também, ele é velho, parece meu pai".

SFZ2 Intro
Professor João jogando SFZ2
Fiquei com tanta raiva que perdi o crédito seguinte. Perdi os 2 rounds direto...

Ranger Mission

Ranger MissionNunca ouvi falar... mas é legal.
Jogo de tiro. Clássico. Ok, nem tanto, mas como não jogar? Este jogo é muito bom e, felizmente, não tem aquele esquema dos pedais para levantar e abaixar que sempre me deram trabalho. O detalhe é que eu demorei para pegar o esquema da mira, que está deslocada cerca de 4 centímetros para baixo, então, para acertar os personagens eu tinha que mirar para baixo para acertar o tiro. Parecia coisa de parque de diversões, mas não valia nenhum prêmio...

Professor João jogando Ranger Mission
Dead Heat

Dead Heat

Jogo da Namco de 2010. Na apresentação o grande chamariz é a possibilidade de colocar o próprio rosto no game com o uso de uma câmera frontal. Será uma ideia retirada de Mario Kart Arcade GP também produzindo pela Namco? Não sei dizer...

youtube.com/watch?v=Ei6EZH0A3rc
O jogo é bonito e com direito a botão "NOS". Sabe aquele game que dá vontade de ter em casa? É bem por ai...

Tekken Tag Tournament

Eu gostava de Tekken até conhecer Virtua Fighter e até hoje jogo só por jogar...

Daytona USA

Daytona USA
Sabe a sensação de desperdício? É isso que eu sinto toda vez que jogo Daytona USA sozinho. A graça é linkar as máquinas e disputar com os amigos, mas ainda assim Daytona tem seu valor...

O que mais?

Lá tinha mais algumas coisas, como aquelas infames máquinas de dança que eu nunca mais vi ninguém jogar e as variantes de caça-níqueis em que a pessoa tenta "pescar" bichos de pelúcia e até uma miniatura de um Camaro Amarelo(!). Tinha também outras máquinas, mas a hora passando e a fome batendo, era hora de ir.

Pinball Star Wars
Pinball Star Wars
Máquinas de bichos de pelúcia
Família do Professor JoãoMinha esposa e filha jogando juntas...
O mais legal de tudo é lembrar de outros tempos, pois hoje em dia todos têm seu console em casa e quase nunca querem jogar as máquinas enormes de antes, mas posso garantir que a diversão é garantida. Claro que pagar R$ 2,50 e receber 2 créditos ajuda. E aqui vai uma dica: Se você puder jogue alguma máquina hoje ainda. Vale a pena...

1 Ficha, 2 Créditos
Como escrevi no início, eu tive uma mudança de planos, o que fez com que o que havia planejado não saísse, mas, apesar de cada ficha valer R$ 2,50, jogar com a família relembrando tempos dourados não tem preço. Ih, acho que já ouvi isso antes...

Vão Jogar!

por João Roberto sobre Papo Livre, Fliperama em 11/07/2014 às 08:07:34 veja no site

A Nova "dorga" Da Nintendo

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Compre. Jogue. Vicie-se. Divirta-se!

Eu comprei um Wii logo no começo de 2012, ainda o primeiro modelo daquele bundle de Mario Kart Wii. E eu joguei ele muito, inclusive no modo online, que eu só deixei de lado quando os servidores foram desligados. Então por algumas semanas eu não tive nada para brincar com os amiguinhos da internet, a vida se tornou cinza, triste e chuvosa. Fui no médico, porque alguns diziam que podia ser algum quadro de depressão, e isso era preocupante. Chegando lá ele me receitou um remédio, era uma dorga nova que ainda estava para ser lançada, mas que eu já podia fazer uma reserva para receber o mais rápido possível, pois o meu problema era muito grave. As vendas oficiais no Brasil da dorga estavam com preços absurdos, tinha alguma coisa relacionada aos impostos que o governo cobra sobre esses remédios e a ganância das farmácias, fora a altíssima demanda, então tive que ir atrás de meios alternativos. Me indicaram um camarada que trazia a parada de fora, fiquei meio desconfiado no começo, mas falaram que é de confiança, e no final das contas eu precisava muito da parada, não tive outra opção. Passaram-se algumas semanas e aos poucos o mundo foi recebendo o treco, relatando os efeitos super positivos e... caramba, quando chega a minha caixa? Uma? Duas semanas? Acho que foi isso, mas chegou. No começo foi meio estranho, mas eu não conseguia parar de usar. Então eu usei, usei, usei... e hoje não consigo mais parar! Mas... mas... mas... é tão bom!

Mario Kart 8A minha nova "dorga" do momento
Hwa hwa hwa, essa dramatização toda em cima de Mario Kart 8 pode parecer exagero, mas existe uma verdade nessa história: eu não consigo parar de jogar essa porquera! Tanto que eu já falo logo de cara aqui para vocês, que esse é o melhor Mario Kart que já joguei, superando inclusive para mim Double Dash!!, que era o meu preferido até então. E tudo isso não é sem motivo, não se trata de mera empolgação com um jogo novo, acreditem.

Confesso que na hora que liguei aquele jogo praticamente sem menus, estranhei um pouco as coisas e até torci o nariz para outras. Se você assim como eu, adorava a combinação de Wiimote + Nunchuk em Mario Kart Wii, podem esquecer, não dá mais para fazer as piruetas chacoalhando o controle e as motos nem mais empinam! Aliás, esse foi meu primeiro ponto de estranheza. O único modo em que o sensor de movimento é utilizado é caso você queira jogar no "modo volante", tanto com o GamePad quanto com o Wiimote, e já digo que não melhorou muito em relação ao título anterior. Mas por outro lado, a jogabilidade no estilo tradicional está perfeita e descomplicada, não importa qual controle você utilize. Sério, se alguém usar aquela desculpa de que o controle falhou nesse jogo, essa pessoa está mentindo. Aliás, MK8 segue a mesma regra da versão anterior, ou seja, se o controle funciona no Wii U, então ele funciona no jogo. Sobre o GamePad? Bem, ele não tem muita utilidade prática, a não ser que você goste muito de buzinar ou tirar os olhos da pista e bater enquanto tenta ver alguma coisa no mapa, que agora fica exclusivamente na telinha do controle. Mas não sejamos injustos, jogar o primeiro Mario Kart em HD dando uma bela descarregada no banheiro é uma grande novidade para a franquia, hwa hwa hwa.

Todos que jogaram a versão para Wii, e principalmente quem jogava pautado nas derrapadas, cedo ou tarde acabava caindo para o lado duas rodas da força, afinal as motos de Mario Kart Wii são absurdamente melhores nesse aspecto, perdendo apenas na questão da estabilidade e resistência a porradas. Já em Mario Kart 8 isso não importa muito, porque os veículos são customizáveis. Não interessa se você gosta de karts, motos ou os novíssimos quadriciclos, fazendo a combinação correta de piloto, veículo, roda e parapente, você vai conseguir jogar no seu estilo preferido sem maiores problemas. Aliás, problemas vão ter os seus amigos quando forem jogar na sua casa, porque fazer uma combinação ruim pode ser sinônimo de derrota certa! Mas na dúvida, siga a dica do Tchulanguero: selecione um personagem peso médio, tipo Mario, Luigi ou Yoshi, não altere nada nele e parta para corrida, dá pra ir de boa.

Seleção de kart
Mas passado esses choques iniciais, é óbvio que a primeira grande novidade que você passa a prestar a atenção é nas pistas, principalmente pela questão dos trechos antigravitacionais. Não sei vocês, mas quando eu assistia a algum vídeo de antes do lançamento, essa parada de andar pelas paredes e tal me parecia uma grande adição a jogabilidade de Mario Kart, assim como os sensores de movimento foram em Mario Kart Wii. Mas logo eu percebi que isso não muda muita coisa, tirando aquele lance do kart dar uma girada seguida de um turbo ao trombar com alguma coisa ou alguém na pista enquanto nesse modo, o que nem sempre é bom, principalmente se você estiver próximo a algum buraco. E sim, tudo funciona de modo automático, então você não vai precisar aprender nenhum recurso novo. Então antes que vocês se matem de curiosidade para saber o que mudou afinal, eu digo: as próprias pistas. Sim, no final das contas a impressão que eu fiquei é que os setores antigravitacionais nunca foram pensados como um novo recurso de jogabilidade, mas "apenas" como uma desculpa que os caras inventaram para fazer novas pistas com traçados insanos... e karamba, como isso deu certo! Ao invés de fazer um milhão de caminhos alternativos que só te fariam olhar para o mapa, o fato de você poder andar pelas paredes e tetos trouxe uma variedade descomplicada que caiu como uma luva para o jogo. A adição dos trechos submersos e parapentes, vindos de Mario Kart 7 (3DS) também ajudou bastante na composição dos traçados, até porque algumas passagens seriam impossíveis de serem transpostas sem ser voando mesmo, he he he.

E tem outra também, as pistas ficaram sensacionais! Apesar da minha decepção com a nova Rainbow Road, que não é tão desafiadora quanto a Rainbow Road Wii, ainda que com um novo conceito interessante, todas elas receberam atenção dignas de um jogo da Nintendo, não só com relação ao traçado, mas quanto a própria ambientação também. Se antes parecia que Mario Kart era uma corrida clandestina em lugares isolados e vazios, agora a sensação de vida nos locais e nítida, com direito a torcidas mais vibrantes e nativos transitando pelos cenários. Karamba, tem pista que dá para você assustar pombos que ficam ali dando mole no asfalto! E tudo é apresentado como se fosse uma transmissão televisiva, incrível o trabalho que fizeram nesta parte. E se você achava o máximo aquela estátua gigante do Bowser cuspindo bolas de fogo em Bowser Castle Wii, que tal uma estátua gigante do Bowser literalmente socando o chão em uma passagem bem estreita na nova Bowser Castle? E dessa vez até as pistas retrô tiveram uma atenção toda especial, mesmo quando não recebem todos os novos recursos. Aliás, a Donut Plains 3 (SNES) e a Rainbow Road 64 estão de arrancar lágrimas da cara dos mais saudosistas. Só para ficar registrado, as que eu mais gostei foram a Electrodrome, uma pista meio boate com um visual extremamente psicodélico, e Mount Wario, pista de uma única volta, que consiste basicamente você descendo uma montanha coberta de neve, como se fosse uma corrida de esqui... com rodas... e motores... e itens... e... ah, vocês entenderam.

Bowser Castle
E eu seria injusto se não falasse sobre um aspecto técnico, mas que literalmente salta aos olhos quando se joga MK8: os gráficos. Olha, eu não sei se a resolução nativa dele é HD ou Full HD, aliás, minha televisão é uma tubão de 29 polegadas, mas o que eu posso dizer com certeza é, putaqueopario, que jogo bonito! Aliás, não levem nenhum vídeo, nem os HD em consideração, eles não conseguem fazer jus a beleza e fluidez desse jogo. Não só os gráficos propriamente ditos, que realmente tem todos os "defeitos" que alardearam no lançamento, como falta de anti-aliasing e tal, mas que no final você nem nota, mas a arte do jogo no geral é algo fantástico. O único problema é que você só consegue prestar atenção nos detalhes vendo outra pessoa jogar ou nos replays, porque na corrida não dá pra desviar muito os olhos, rzs. E detalhes para admirar é o que não faltam, desde o pneu do kart sujando de acordo com o terreno, as partículas de terra voando, o reflexo das coisas nas poças d’água... ainda bem que os últimos replays ficam salvos automaticamente e permitem o controle deles como se fosse um vídeo.

A taxa de quadros por segundo é aquilo mesmo que todo mundo já sabe, 60 qps cravados... quer dizer, acho que é 59 né? Não sei, perdi o meu contador de qps, quando eu achar por aqui confirmo pra vocês :P. Mas é sério, quando saiu aquela infame matéria dizendo que a queda de um quadro dava um efeito estranho no jogo e que a Nintendo deveria corrigir, eu pensei que o jogo ficasse dando engasgadas, como acontece em muitos ports lançados no Wii U, mas é sério, não rola absolutamente nada disso. Aliás, é impressionante um console dito tão fraco em termos de hardware, segurar a peteca mesmo com a tela dividida ao meio, até porque a física desse jogo não é tão simples quanto os títulos anteriores por conta dos trechos antigravitacionais. De três a quatro pessoas os quadros caem pela metade, mas é uma queda muito menos sofrível do que a que rolava no Wii.

Rainbow Road
Outro ponto de destaque é a interface do jogo, que desta vez esta muito bem trabalhada e bonita, facilitando bastante o acesso as opções do jogo... ou quase. Por exemplo, ao terminar a corrida, a opção padrão é ver o replay e não passar para a próxima. Apareceu uma pergunta na tela de "sim" ou "não"? Cuidado, porque o padrão é sempre excluir, cancelar, etc. Várias outras coisas também sumiram ou estão escondidas com relação ao jogo anterior. Aqueles menus de estatísticas por exemplo se foram, assim como a organização de rankings por amigos e coisa do tipo, que agora ficam escondidos na seleção de pistas nos Time Trials, mas de forma meio zoneadas. Poxa Nintendo, tudo bem que é bom simplificar as vezes, mas nem tanto!

Mas como nem só de gráficos vive um jogo, eu não poderia deixar de falar da trilha sonora desse jogo que está algo absurdamente... ... ... eu não sei qual adjetivo dar a trilha sonora. Se você curtiu os trompetes de Super Mario 3D World, então já coloque um sorriso nessa sua cara larga, porque eles estão de volta, junto com violino, guitarra, bateria, violão, saxofone e outros instrumentos. Apesar de algumas músicas serem mais "genéricas", todas são boas como a muito tempo eu não via na série, e as instrumentais são de colocar no computador pra escutar enquanto trabalha. Os efeitos também não deixam a peteca cair, e sim, ainda é desesperador escutar o alarme de aproximação de cascos vermelhos.

youtube.com/watch?v=RslKeW5SHcwFaçam um favor a vocês mesmos e vejam esse vídeo
E por falar em itens, MK8 conseguiu juntar a dificuldade agressiva de Double Dash!! com o equilíbrio do famoso efeito elástico de Mario Kart Wii, que é aquele lance de quando você fica para trás consegue chegar nos outros corredores mais fácil e vice-versa, e ainda refinar essas duas coisas. Primeiro porque os itens absurdos, como cascos azuis, agora aparecem bem menos, apesar de vez ou outra continuarem te sacaneando bem na reta final. Até criaram aquela buzina que quebra ele, mas ela também não aparece muito fácil, principalmente quando se está em primeiro, que é quando você na verdade vai ganhar mais das tão erroneamente desprezadas moedas. Pra quem não se lembra ou não jogou os antigos, as moedas de Mario Kart influenciam diretamente na sua velocidade, quanto mais moedas, mais rápido você corre, e aqui isso pode ser a diferença entre você ganhar ou não uma corrida, acreditem. Felizmente elas não são mais influência no ranking de estrelas, que agora dependem somente dos seus resultados. Há alguns novos itens também, como a Piranha Plant ou o Bumerangue, mas nada supera o Super 8, que é quando ficam oito itens ao seu redor prontinhos para serem utilizados. Aliás, itens como cogumelos triplos, por exemplo, agora também ficam ao seu redor, dando chance até mesmo de serem roubados pelo adversário de uma forma um pouco mais fácil do que acontecia no GameCube e Wii. Outra coisa que achei bacana também, é que agora rola toda uma estratégia para fugir de cascos vermelhos, sendo possível inclusive meio que manipular o trajeto deles de modo a acertar outros corredores, ou pelo menos bater em outra coisa que não seja você. Por fim, acabou a mamata de segurar um item para pegar outro, agora é só um por vez e ponto.

Casco Azul x Super Buzina
Devo dizer também que esse é um jogo muito, mas muito mais rápido e dinâmico do que os anteriores. Mesmo que você tome porrada de um casco azul, a recuperação é rápida, assim como as quedas nos buracos, que tem uma recuperação quase instantânea pelo Liketu em modo turbo. A punição fica por conta da perda de moedas, sempre três, o que significa menos velocidade. Aliás, não falei antes, mas as moedas acumuladas nas corridas também servem para habilitar novos karts, motos, quadriciclos, rodas e parapentes.

E é justamente a junção destes itens, dificuldade elevada (e muito viu) com o equilíbrio das corridas, é que torna esse Mario Kart tão especial. Porque em Double Dash!! eu tinha a minha habilidade valorizada, mas o jogo era excessivamente cruel, e qualquer erro era derrota. Já Mario Kart Wii conseguia ser mais equilibrado nesse ponto, mas valorizava muito mais quem tinha o item melhor do que a habilidade. E Mario Kart 8 juntou os dois, eu tenho a minha habilidade valorizada, sem que os itens definam o tempo todo quem ganha e quem perde. Isso faz com que a vitória sempre seja algo prazeroso.

Mas se você quer testar as suas habilidades, nada como um multiplayer, não é mesmo? Aqui você pode escolher jogar da forma que quiser com os amigos. Quer zerar o jogo com quatro pessoas? Quer criar campeonatos sem itens ou moedas para jogar com aquele seu amigo convencido? Quer fazer você e sua namorada um embate com aquele outro casal de amigos que mudou de estado através do modo online? Se você respondeu sim para qualquer uma dessas perguntas, a resposta é: você pode! Os modos locais continuam divertidíssimos como sempre, apesar da bizarrice do modo batalha agora não ser mais em arenas e sim em pistas comuns (vai entender). E pra quem curte um online, a coisa agora melhorou bastante, ele está muito bem organizado, sendo possível criar campeonatos privados customizáveis para jogar com os amigos e tudo mais. Só é uma pena que o chat por voz só esteja liberado para jogatina entre amigos, se for jogar com os gringos é só aquele esqueminha de frases prontas mesmo. E como não poderia deixar de ser, rola toda uma integração com o Miiverse, principalmente nos Time Trials, afinal, quando você vence o fantasma do pessoal da Nintendo de uma pista, o prêmio agora (além do recorde) é um carimbo pra postar por lá de dentro do jogo.

Online
Porém a maior novidade em termos de interação virtual, principalmente quando se fala de Nintendo, é o novo Mario Kart TV e sua integração com o Youtube. Ele guarda o replay das suas últimas doze corridas, além de permitir você favoritar até seis delas, além de compartilhar automaticamente as suas últimas jogatinas com os amigos, permitindo inclusive que eles vejam o seu replay com todos os recursos de edição que o jogo dispõe. E se você quiser, seja através do MKTV ou logo após a corrida, você pode fazer uma pequena edição no vídeo e mandá-lo para o Youtube! Claro que não é uma super edição, é algo bem mais simples e só em cima dos melhores momentos da partida, fora a limitação de sessenta segundos, mas funciona muito bem, apesar do processo ser um pouquinho mais demorado do que deveria. Não é atoa que fenômenos como o Luigi Death Stare se espalharam tão rápido pela rede. Se quiserem acompanhar minhas epopeias inclusive, só me seguir no meu canal pessoal clicando aqui.

youtube.com/watch?v=03eNODCDdqY
Bom, eu acho que já falei demais sobre esse jogo, o escrito ficou gigante, e tendo em vista o boom de vendas que a Nintendo teve com esse jogo, acho que não preciso de muito para convencer vocês que esse é definitivamente o jogo que te faz necessitar de um Wii U. Apesar do excesso de simplificação nas opções de um modo geral, a jogabilidade está impecável, a dificuldade deliciosamente absurda e ser bom agora finalmente faz real diferença. O que mais dizer sobre um jogo desse? Peguem os seus GamePads, procurem pelo Tchulanguero no Miiverse, entrem no campeonato de código 8033-3788-0992, e VAMOS JOGAR!

youtube.com/watch?v=RwlILIyWVh0Pra não perder o costume, Tchulanguero apresenta... Mario Kart 8.Com direito a comparação de algumas pistas retrôs e seus modelos originais!

por Tchulanguero sobre Degustando, Mario Kart 8, Mario, Mario Kart, Wii U em 18/07/2014 às 08:28:00 veja no site

Indies E O Porquê De Você Ter De Jogá-Los

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Tá cansado do que o mercado te oferece hoje em dia? Que tal provar algo diferente do comum? Você conhece os indies? Não não, você conhece MESMO os indies? Pois esse post é justamente a minha visão sobre esse assunto (e o porquê você deve jogá-los agora mesmo).

Esse termo já não é muito incomum. Afinal, para todo o lado em que você olha já logo vê um jogo desse “Macro-gênero”. Mas afinal, o que são jogos indies? Ou melhor, por que eles são tão bons assim?

O gênero começou a pipocar lá para os idos de 2010 mais ou menos, tendo ganhado mais destaque com jogos como Braid e Minecraft. São basicamente feitos por desenvolvedores independentes e, no geral, são muito bem recebidos pela crítica. Mas porque disso? Simples! Feitos de fãs para fãs, oras. Afinal, qual jogo de algum estúdio grande do gênero metroidvania você já viu lançando? Algum que seja digno do nome, claro. Pois é, difícil.

Os indies tem resgatado muito a nostalgia dos jogadores, com side scrollers, dificuldades e tudo mais que um bom jogo de SNES tem direito. FEZé um exemplo. Gráficos simples, jogabilidade razoavelmente complexa. Um jogo de plataforma que se mistura com puzzle e é daqueles que você fica com vontade de demorar na fase, só para conseguir pegar tudo o que tiver na tela. Sério! É um jogo que vale muito.

FEZEssas cores vibrantes e esses gráficos simples fazem de FEZ um dos melhores jogo desse gênero, na minha humilde opinião
Outra coisa que fazem os indies serem melhores que o das empresas grandes são os caprichos em que eles desenvolvem a arte das coisas. E não, não adianta vocês falarem que AH, MAS INDIE SÓ FAZ JOGO 2D E JOGO 3D É MAIS COMPLEXO E MAIS REALISTA E MIMIMI. Essa aí não cola mesmo.

BraidParece ter sido feito à aquarela. Algo lindo de se ver!
Pegue Braid, por exemplo. O estilo gráfico usado ali é simplesmente fantástico. Totalmente baseada em pinturas e com excelente ambientação. Mas a questão não é só essa. Se você for parar para ver, a equipe de artistas que trabalham em Call of Duty, por exemplo (e me desculpem os fãs, mas arte feita com a bunda) pode até mesmo chegar ao dobro de gente que trabalha num jogo indie. Aliás, você achou FEZ bonito? Pois saiba que ele foi feito por uma pessoa só.

Isso é algo que me faz gostar ainda mais dos indies. Eles não visam principalmente o lucro do jogo. Ele é feito em cima de muito empenho e muito capricho. Cada detalhe é visado para que o jogo fique o mais perfeito possível e essa dedicação toda faz com que, de certa forma, o jogo fique carismático. Além do mais, geralmente esses estúdios pequenos tem mais contatos com fãs. Vá em qualquer Twitter ou Facebook dessas empresinhas e vocês verão que eles respondem os fãs, ao contrário do que acontece em várias grandes. Aliás, falando nisso, nem sempre um jogo indieé distribuído pela própria empresa que o faz. DuckTalesRemasteredé um exemplo disso. Feito pela WayForward (que sempre faz um belo trabalho, no geral), mas distribuído pela Capcom. Então já fica de alerta que nem todo jogo “feito” por algum estúdio, é de fato feito por aquele estúdio.

DuckTales RemasteredIndie! Woo-hoo
Então tá. Já sei que as empresas são pequenas e gente fina, que eles tem qualidade e tudo mais. Mas e aí, o que me recomenda?” você me pergunta nesse momento. Certo, então vamos falar de alguns jogos que eu já joguei e de alguns que estou esperando muito, só os principais por enquanto.

A Hat in Time

Talvez esse seja o jogo que mais estou esperando no momento. Sim, é indie. Sim, é 3D. Os gráficos cellshading que parecem terem sido ripados de The Legend of Zelda: Wind Waker HD são simplesmente sensacionais, tais como o jogo da Nintendo que citei agora.

A Hat In TimeCELL SHADING S2
É um jogo assumidamente inspirado nos jogos de Nintendo64. Tão baseado que o compositor das músicas é nada mais nada menos que GrantKirkhope! Não conhece esse cara? Então lembre das músicas icônicas de Banjo-Kazooie, GoldenEye, Perfect Dark, Donkey Kong 64 e alguns outros. Se você não conhece esses jogos, por favor, pare de ler agora (e vá jogar esses jogos. Aí você volta e continua, ok?). A própria descrição da empresa sobre o jogo é um “pense em Banjo-Kazooie, Super Mario 64 e The Legend of Zelda juntos em um só”. Ou seja, dispensa comentários, não é?

youtube.com/watch?v=3uG6ntdrDL8ISSO é o que eu espero jogar em um vídeo game hoje em dia
Por enquanto ainda não está disponível e as únicas plataformas previstas são PC, Linux e Mac (mas espero de coração que ele vá parar no Wii U também, afinal é um jogo 100% baseado em uma plataforma da Nintendo).

Limbo

Limbo
Outro grande jogo indie, um dos primeiros a fazerem sucesso nesse segmento e um dos mais bonitos também, na minha singela opinião. É simples demais para chegar no status de belo. Basicamente os gráficos se resumem em várias camadas de sombra e o jogo em si é um conglomerado de puzzles e seu personagem se fodendo praticamente o tempo inteiro. E não, você não vai zerar Limbo sem morrer pelo menos o suficiente pra ficar puto com o jogo, da mesma forma como você não vai conseguir parar de jogar logo.

Limbo AranhaE você achando que VOCÊ estava na pior, né?
O jogo te joga numa atmosfera de... Limbo. Você é um garoto largado num lugar pra morrer e tem que se virar do jeito que pode pra sobreviver. O ponto forte desse jogo é a interatividade com o cenário, seja isso bom ou ruim. Cair de lugares altos te faz morrer, você pode puxar ou empurrar quase tudo que tem no cenário e quase tudo no cenário também pode te matar. Sim, esse jogo é legal. Limbo está disponível para Steam, PS3, Xbox 360 e PS Vita.

Shantae

Shantaeé um típico jogo da geração 8 bits. Plataforma, poderzinhos, bichinhos e uma história simpática. Agora em HD. O primeiro Shantae foi lançado para Game Boy Color e agora relançado para o eShop do 3DS. Eu recomendo MUITO que vocês comprem para o portátil da Nintendo, pois é muito provável que vocês não tenham dinheiro suficiente para pagar os mais de 300 dólares cobrados por um cartucho avulso do jogo original (isso SE acharem) e nem adianta procurar ROM, pois vocês podem até achar, mas é pouco provável que o emulador que vocês usem rodem.

youtube.com/watch?v=gKSmz-0-G0QO original de GBC que você nunca irá ver um cartucho na vida... provavelmente.
Além desse, há mais jogos da série, como Shantae: Risky’s Revenge que é a continuação do jogo, lançado originalmente para DSiWare, depois relançado para iOS e agora com versão Director’s Cut na Steam. Há também mais dois jogos vindo aí: Shantae and the Pirate’s Curse para o eShop do 3DS e Shantae: Half-Genie Hero para Wii U, Xbox 360, Xbox One, PS3, PS4, PSVita e PC.

youtube.com/watch?v=JNckNbeA4AMShantae: Half-Genie Hero
youtube.com/watch?v=RxyF7qGF2BYShantae and the Pirate’s Curse
Sobre o jogo: gráficos bonitos e coloridos, música animada e que te joga bem no ambiente, história divertida e cativante. E só lembrando que esse é um jogo da WayForward, a mesma que fez DuckTales Remastered (que eu disse ali em cima e que também recomendo). E sim! Vale cada centavo investido no jogo. E uma dica: os do eShop são baratinhos, então aproveitem. ;)

90’s Arcade Racer

Não sei se vocês vão se lembrar do Sonic Fan Remix, aquele remake (lindo) do Sonic 2 que estavam projetando para PC, mas que a SEGA embargou e que inclusive tem uma demo-alpha do jogo disponível para download? Pois é. Depois que tiraram os sonhos do grupo de lançar esse jogo (e o nosso de jogar uma versão decente de algo parecido com Sonic 4 Episode II), resolveram que não iriam desperdiçar a engine, homenageando outro jogo da SEGA, mas de forma menos descarada.

90’s Arcade RacerSe ele parece com o Hornet, não é por pura coincidência
Assim surgiu esse jogo cujo o próprio nome já diz tudo. 90’s Arcade Raceré um Daytona que o tempo esqueceu e que não vemos desde o fim do Dreamcast (mas que voltou há não muito tempo no XBLA e PSN).

youtube.com/watch?v=bywfy_hcq_sReferencias à Daytona, Virtua Racing e Sega GT é o que não faltam aqui
É um jogo de corrida bem ao estilo dos anos 90 mesmo. O cenário, os carros, tudo. Com a diferença dos gráficos bonitos, claro. Se a SEGA fosse fazer um novo Daytona, 90’s Arcade Racer seria esse jogo. Ele estará disponível para PC e eShop de Wii U ainda em 2014.

FEZ

FEZé outro jogo genial. É um jogo 2D que usa uma espécie de 3D para formar o cenário. Pense assim: se você não consegue atravessar algo, basta girar o cenário para formar novas plataformas e assim atravessar o que você quer. Em resumo é um jogo de puzzle que usa o cenário como quebra-cabeça. A diversão fica em você ficar andando pelo cenário tentando pegar tudo. Disponível para Xbox 360, PS3, PS4, PSVita e Steam.

youtube.com/watch?v=tfpKTclOnfI
Chroma Squad

Esse é outro jogo que parece ser bem genial. Imagine um Power Rangers Tactics. É isso, basicamente. E sabe o que é mais legal? Esse aí é brasileiro! E tá chamando a atenção do mundo todo, inclusive a própria produtora dos Power Rangers já notaram o jogo e entraram em contato judicialmente, já que o jogo é MUITO parecido com Power Rangers.

Chroma SquadÉ HORA DE MORFAR!
Aparentemente a Saban, que é detentora dos direitos dos heróis coloridos originais, entrou em contato com o estúdio brasileiro para acertarem um acordo benéfico para ambos. Basicamente uma parte do dinheiro da venda vai para a manutenção dos Mega Zords, já que o custo para manter robôs daquele tamanho é muito caro e as peças são importadas de algum setor desconhecido do universo. Resumindo: comprando Chroma Squad, você ajuda a manter a terra a salvo (exceto pela maquet... cidade que sempre é destruída após uma luta contra algum capanga gigante da Rita). Ainda não há plataforma definida, além do PC, claro.

Pier Solar

Um típico RPG16 bits, com cenários bonitos e muito colorido. Boas músicas, boa história e tudo mais que um RPG dos anos 90 tem, lançado primeiramente em 2010. “Tá, mas isso já é meio clichê hoje em dia. Tem muito RPG baseado em 16 bits atualmente”. É, tem razão. Isso seria apenas mais um RPG 16 bits... se não tivesse sido lançado PARA um console 16 bits de verdade. “Como assim?”, você me pergunta. Pois se você não sabe, Pier Solar foi originalmente lançado para o Mega Drive em 2010, e ganhou o título de “maior cartucho de Mega Drive” ou “cartucho com maior memória”, se vocês preferirem.

youtube.com/watch?v=M99MTMXdsncTrailer da versão de Wii U. Pena que não tem trailer para Dreamcast ):
Como já disse, é um típico RPG de 16 bits. Pensem num Final Fantasy. Pois é mais ou menos isso. O jogo pro projetado de início para PC, mas o projeto acabou crescendo e indo para o Mega Drive. Estranho, né? E o projeto é liderado por um brasileiro! Agora em 2014 o jogo virá em versões HD para PC, Mac, PS3, Xbox 360, Wii U, 3DS, Android, Ouya e, acreditem, Dreamcast!

Journey

Journeyé outro jogo lindo, lançado exclusivamente para PS3. Já ganhou prêmios de melhor soundtrack e possui um dos gráficos mais lindos que já vi nesse console. É complexamente simples e simplesmente complexo. Jogabilidade de fácil aprendizado e... enfim, não dá pra explicar direito. Apenas joguem e deliciem-se com a beleza artística do jogo.

youtube.com/watch?v=_mF8KkDiIdk
Enfim, eu poderia passar uma eternidade aqui citando jogos indies. Esses são alguns dos que me vieram na cabeça e eu consegui fazer uma descrição legal para apresentar à vocês, caso não conheçam algum. Como menções honrosas posso falar de Shovel Knight, Braid, Ghost Song, Heart Forth Alicia e outros. Jogos que resgatam a beleza dos jogos 2D e a complexidade e dificuldade dos metroidvania, músicas lindas e tudo mais. Se hoje você quer investir no mundo dos games, vale muito a pena começar pelos indies.

youtube.com/watch?v=-UhbgNCwW3QGunman Clive 2. Um dos jogos mais bonitos e legais disponíveis para o eShop de 3DS, incluindo essa música
Ah é! Transcendendo um pouco a barreira dos softwares, vamos falar de placas, circuitos e coisas que você consegue pegar. Sim, existe um console indie.

Ouya
O Ouyaé um aparelho de mais ou menos o mesmo tamanho de um cubo mágico que conta com processador Tegra quad-core e 1 Gb de RAM e tem o Android como seu SO. Isso significa que você já tem uma extensa biblioteca de jogos que pode desfrutar no pequenino (incluindo emuladores) e além disso há os jogos que são otimizados para o aparelho e que rodam em 1080p. Sonic 4, Final Fantasy III e Shadowgun são alguns desses jogos. Mas não só isso! Há também os jogos exclusivos, como That Dragon Cancer, Neverending Nightmares, Polarity, Whispering Willows e alguns outros.

De fato o Ouya não é AQUEEELE console parrudo e que bate de frente com os das grandes empresas, mas pela bagatela de US$ 99,00. pelos jogos praticamente dados em sua loja virtual e pela lista já disponível dos jogos de Android (e o fato de não jogar naquelas malditas telas de celulares), talvez valha o investimento.

Alguns indies também gostam de brincar em algumas plataformas já mortas. Como já disse, Pier Solar foi lançado primeiro para Mega Drive, e isso em 2010. Além desse, outro console que é muito usado por esses desenvolvedores independentes é o Dreamcast, que sempre recebe um jogo novo. Pier Solaré um dos que vai dar as caras nele. Sidney Hunter and the Caverns of Death vai pintar no SNES e Dreamcast em 2014. Se vocês acharam que o console é uma porcaria e estava morto, pensem duas vezes pois ele está mais ativo que o PS2.

Pois é, o submundo dos indiesé mais movimentado do que vocês veem na página inicial da Steam e vai muito além do já chapado Minecraft. Cada vez mais eles aumentam a biblioteca do Dreamcast, cada vez mais uma nova ideia genial surge e cada vez mais eles deixam as grandes empresas no chinelo com seus jogos com fórmulas repetidas inúmeras vezes.

Recomendo demais vocês darem atenção para esses desenvolvedores, pois eles possuem jogos de todos os tipos que vocês imaginarem, desde plataforma clássica até FPS e de jogos de esportes, que são a bola da vez. Também recomendo MUITO que vocês assistam o documentário "Indie Game: The Movie", que conta um pouco da produção de alguns desses jogos que falei e como é a (difícil) rotina de um desenvolvedor indie.

Indie Game: The Movie
Então me façam um favor: ajude essa galera pequena, compre um jogo indie e Vão Jogar!! É certeza que é coisa boa :).

por Somari sobre Papo Livre, 90’s Arcade Racer, A Hat In Time, Chroma Squad, Duck Tales, FEZ, Journey, Limbo, Pier Solar, Shantae, Ouya em 25/07/2014 às 12:09:38 veja no site

Butecada Da Vez - Nº 10: A Preguiça Da Indústria‏

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Butecada da Vez entra em ação e dessa vez quer saber: o que você acha dessa onda de relançamentos que afeta a indústria de jogos? Desce uma gelada e senta aqui, vamos butecar!

Sabe quando uma nova geração de consoles chega e as produtoras anunciam várias novidades foderosas que te deixam babando? Pois é, eis que a oitava geração de consoles está quase completando o seu primeiro aninho de vida e o catálogo de jogos novos continua mais fraco que ventilador de filme de detetive dos anos 80. Parece que a indústria, mais do que nós, tem acreditado cada vez menos na sua nova geração, e o resultado é que vemos cada vez mais jogos da mesma franquia sendo lançados todo santo ano, uma moda incontrolável de lançamentos de remakes e reboots, além das famigeradas versões remastered. A única que parece realmente preocupada com jogos novos é a Nintendo, que tem tido boas novidades para o Wii U e que conta com vários títulos e novas IPs, mas mesmo assim sofre um certo preconceito bobo por parte do próprio público. Será que isso realmente era o que você esperava? Você pretende comprar - ou já comprou - algum console da nova geração? Qual o segredo por trás de tanta repetição? Leia a opinião dos nossos escritores cachaceiros e dê o seu pitaco!

Tchulanguero

Ando discutindo muito sobre esse assunto com o pessoal. A minha conclusão é que desde a geração passada, chegamos a uma maturidade tecnológica nos consoles que não há mais espaço para a velha propaganda dos "melhores gráficos", porque eu acho que isso já ficou para trás, certo? Some a isso uma necessidade (real) das empresas em bancarem os seus altos custos em produção, distribuição e divulgação, e o que temos é uma indústria desesperada por encontrar fórmulas cada vez mais rápidas de conseguir dinheiro sem ter que se esforçar muito. Agora o mais engraçado, é que todos reclamam, mas temos Call Of Duty, Fifa e Assassin’s Creed batendo recordes de venda anos após ano, assim como os reboots, e gente chorando pra portarem vários jogos passados para a geração atual. Então eu sempre chego no velho ponto: está assim porque os jogadores aceitam (e querem) assim. Se a geral acha que o PS4 não tem muitos jogos novos, porque tamanho hype para a venda do console? É tanto motivo de comemoração assim uma remasterização de Halo? Precisamos realmente de um remake de Majora’s Mask, quando existem soluções mais práticas, como o Virtual Console? Eu ainda acho que as empresas nessa geração vão deitar e rolar em cima do público, até que as coisas cheguem no ponto de "vai dar merda" e no final das contas as coisas se estabilizem. O mercado de jogos é novo, e como boa parte de nós passou por várias fases diferentes dele, fica essa sensação estranha agora, mas acreditem, vai passar. Basta olharem para o cinema, uma indústria muito mais antiga, que está se adaptando aos tempos modernos, também tem suas produções anualizadas, reboots e remakes, mas ainda sim proporciona excelentes produtos para todos os gostos. No final das contas, cada um sabe aonde aplica o seu dinheiro.

SucodelarAngela

Na verdade, ultimamente tenho acompanhado bem pouco a situação da indústria esses últimos dias, por conta da correria da vida profissional e por conta de um lindo jogo que finalizei essa semana. No entanto, alguns amigos tem me marcado em algumas coisas relacionadas aos lançamentos dessa nova geração, e tenho me desapontado cada vez mais. Quando a Sony anunciou o lançamento do PlayStation 4 ano passado, eu dei minha opinião sobre essa nova geração. Depois de um tempo, eu até achei que ela engrenaria, pois muitos lançamentos foram anunciados, e até uma boa cota de jogos novos. No entanto, já tem quase um ano de lançamento da nova geração, e só tenho visto remakes/reboots e essas versões remasterizadas de jogos já lançados. Além disso, vários dos novos títulos tem sido lançados para ambas as gerações, o que não me anima muito em comprar um novo console agora. Na minha opinião, assim como declarei antes, a geração passada estava de bom tamanho e com uma boa tecnologia (me refiro principalmente ao PS3 e seus blu-rays). Talvez a Microsoft teria uma justificativa melhor para uma nova geração pela mudança de mídia de DVD para Blu-ray, mas ainda assim, não seria algo tão urgente. A Nintendo deu uma inovada magnífica com o Wii U e tem sido a única a lançar jogos novos com uma boa frequência, mas infelizmente, os jogos da Big N não são os meus favoritos. Excelentes jogos surgiram no fim da geração passada, jogos que conseguiram maravilhas ao aproveitar o máximo da tecnologia da época, e eles estão me suprindo muito bem. Entrei numa hype de comprar um PS4 por causa de Assassin’s Creed Unity, mas logo desisti... jogos como Assassin’s Creed estão aí todos os anos e, cada vez menos, tenho acreditado que haverão muitas mudanças além do aspecto gráfico. E comprar console só por causa de gráficos melhores não é pra mim.

Somari

Ando reparando como o mercado vem trazendo muitos jogos que já joguei na geração anterior. Essa tonelada de versões remasterizadas e remakes já está passando dos limites. Lógico que não vou reclamar de um bom remake de um bom clássico, como a agradabilíssima surpresa que tive no anúncio de Castle of Illusion e DuckTales, por exemplo. Ao contrário, não gostei nada de rever jogos como Mortal Kombat, The Last of Us e Injustice.

Os jogos anuais também são, de certa forma, ridículos. Não gosto e não vou falar bem de jogos FPS e jogos de esportes menos ainda (exceto corrida, mas enfim) e nesse ramo não há uma renovação. Fifa 2015é exatamente a mesma coisa de Fifa 2014 e acho que uma DLC resolveria o caso, mas nããããão, ele vai custar o preço dum jogo normal (R$ 150,00 por aqui) e vai fazer absolutamente porra nenhuma de diferente da versão anterior. E ano que vem vai ser igual.

Antigamente tínhamos jogos anuais e eles funcionavam bem. Sonic 1, 2, CD, 3... todos vieram em sequência anuais e diferem muito um do outro. Assassin’s Creed, que também não é dos meus jogos favoritos, também tem o seu diferencial se faz valer por um lançamento por ano. Não acho que o jogo deva se privar de seu prazo de lançamento, claro, mas acho que jogos como Zelda e Mario tem mais pontos de hype justamente por ninguém saber quando se deve esperar por um jogo novo e eles virem de surpresa.

João Roberto

A geração ainda está engatinhando. Acredito que a geração PS3/X360é a mais bem-sucedida no que tange a longevidade. Pra mim o termo longevidade não está ligado à idade dos aparelhos, e sim, no quanto eles podem ser divertidos após uma nova geração aparecer. Um bom exemplo é o meu primeiro Super Nintendo, que me acompanhou até os idos de 2001/02, mas que me divertia enquanto muito quando outros já compravam o PS2. A geração passada ainda está presente na vida de muitos gamers que adquiriam um console há 1 ou 2 anos e têm muito a jogar, fora o fato de muito material de ótima qualidade estar disponível. Nem vou mencionar gráficos, pois assim com a Angela, não acho que era tão necessária assim uma atualização, salvo o X360/DVD.

Agora, quanto aos jogos, a situação é um pouco mais complicada. Os custos de produção de um jogo não são exatamente baratos e há ainda mega produções como Last of Us ou um Call of Duty, que precisam gerar lucro, já que empresa alguma faz filantropia. Não sei ao certo, mas uma das principais culpadas pela "anualização" de jogos é a EA, lá atrás, com seus John Madden, FIFA e até Need for Speed. Mas ai vem outra questão, os jogadores querem. Culpar a indústria por uma falta de criatividade e pelos constantes lançamentos de reboots talvez nem deva ser levado em consideração. Uma empresa produz um jogo, Call of Duty, por exemplo, mais como uma garantia de lucro do que qualquer coisa. Videogame se tornou uma diversão cara, mais do que antes, pois o refino chegou a tal ponto que nada dá para ser "feito nas coxas". Veja o já citado Last of Us, o trabalho de dublagem, o enredo, e todo o trabalho envolvido. Fazer aquilo toma tempo e muito dinheiro. E a atriz Ellen Page, quanto ganhou para ceder sua imagem a um jogo? Novos jogos podem surgir, mas é mais seguro apostar em uma carta marcada - sim FIFA, você mesmo! - pois o retorno é garantido. Reclamar da mesmice de sempre é aceitável, mas inovar demais pode ser perigoso, pode não vender e o projeto ser um fiasco, ficar sem um fim decente - sim, Shenmue, não me esqueci de você!

A verdade é que a razão para tantos remakes, continuações e formulas batidas é que não há mais nada a se fazer. Nada a se criar. "Claro que não! Você está louco!" alguém pode dizer, mas é verdade, e isso não fica restrito aos games e invade também outras áreas. O cinema é um exemplo. Há quanto tempo não surge algo extraordinariamente novo e original? Ouso afirmar que a última "novidade" foram os efeitos especiais do primeiro Matrix, de 1999, o resto é cópia e adaptação. Hoje há tantas produções com personagens dos quadrinhos porque o retorno é garantido, fora que não é preciso ser tão original quando todo mundo já conhece o Homem-Aranha. A música segue linha igual, pois gêneros se mesclam e se dissolvem apenas para formarem mais do mesmo. Ou você nunca ouviu falar de forró universitário ou sertanejo universitário? São apenas nomes para a mesma coisa de sempre. Os games não são imunes a isso, a diferença é que trata-se de uma indústria jovem, cujo ápice deu-se com a geração PS3. Anteriormente as limitações de sistemas impediam que grandes ideias saíssem do papel (era, ao menos o que eu lia sobre o que dizia Yu Suzuki quanto a Shenmue). Acredito que o PS4 e o Xone devam ser capazes de fazer qualquer coisa sem qualquer problema e não consigo imaginar onde a indústria possa evoluir mais (o que pode vir a ser um grande problema), mas faltam ideias, uma vez que as boas ideias, as inovadoras, já foram usadas. E não importa, qualquer jogo que venha a ser produzido poderá, e será, comparado a obras anteriores devido a qualquer coisa, uma habilidade, um aspecto na história, uma fase ou sei lá o quê. Faça um exercício, imagine algo realmente novo. Conseguiu? Não dá, pois possivelmente alguém já pensou - e fez - algo parecido antes. Acredite em mim, é verdade. E nem a Nintendo, tão aclamada por sua originalidade, escapa disso. Há quanto tempo ela não lança algo realmente original e novo? Mario Kart ou Metroid podem ter ideias novas, mas ainda são coisas já usadas. Ai está a parcela de culpa da Big N, pois muito se reclama que ela não lança franquias novas há muito tempo. A grande diferença é que ela inovou não nos jogos, mas na jogabilidade, mas acho que tanta inovação não deu tão certo assim com Wii U.

São sinais dos tempos, para criar algo realmente novo deve-se quebrar a cabeça e caso consiga, ainda há o risco do produto não ser aceito e perder espaço para jogos mais seguros, como FIFA e Call of Duty...

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E você, leitor? Concorda com nossos butequeiros? Acha que tem que ter mais novidade na indústria gamística ou está tudo de acordo com o que você esperava? Não se acanhe, pegue um petisco e dê o seu pitaco! E se quiserem sugerir novos temas para as butecadas, mandem um e-mail para butecada@vaojogar.com.br com as suas sugestões ;)

por sucodelarAngela sobre Butecada Da Vez, PlayStation 4, Wii U, Xbox One em 01/08/2014 às 12:08:18 veja no site

A Essência Da Trilogia Mass Effect

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A trilogia Mass Effect me conquistou em todos os aspectos e se tornou minha franquia favorita. Hoje abandono meu capuz de Çaçina e coloco minha dogtag da N7 para expressar aos leitores um pouco do que sinto por essa obra de arte da BioWare.

"No ano de 2148, exploradores em Marte descobriram os restos de uma antiga civilização alienígena. Nas décadas que se seguiram, esses misteriosos artefatos revelaram surpreendentes novas tecnologias, permitindo a viagem às estrelas mais longínquas. A base dessa incrível tecnologia foi uma força que controlava o próprio tecido do espaço e do tempo.

Eles a chamaram de maior descoberta da história humana.

As civilizações da galáxia a chamam de
Mass Effect."

É assim que se inicia um dos maiores títulos de ficção científica que eu já conheci - a que se tornou a minha favorita de todas as mídias, minha saga favorita nos videogames. Se você me conhece bem ou se visita o Vão Jogar! com certa frequência, sabe que minha franquia favorita dos games era Assassin’s Creed. Sim, era. Ela agora é apenas minha segunda franquia favorita e eu espero, sincera e humildemente, que este meu escrito consiga explicar o porquê, por mais difícil que seja expressar essa coisa chamada sentimento.

De prontidão, afirmo com toda certeza que, se você é fã de Star Trek, Star Wars e Battlestar Galactica, a série Mass Effecté exatamente a sua praia. Até mesmo se você assistiu Starship Troopers, como eu, vai se identificar em alguns aspectos. Eu encontrei semelhanças até com O Segredo do Abismo.

Loading Screen de ME3

Mass Effect é um universo de escolhas

Para quem não conhece, Mass Effecté uma trilogia híbrida com elementos de RPG e Third-Person Shooter. Você pode chamá-lo de Action RPG, se quiser. Teve seu primeiro jogo lançado em 2007 e quando paro para pensar nisso, me pergunto porque diabos demorei tanto para jogá-lo. Vou tentar não dar spoilers sobre o jogo, até porque algumas pessoas que conheço - e que sei que irão ler esse escrito - ainda não jogaram a saga. Na verdade, pretendo expor mais acerca das minhas impressões sobre a essência do universo Mass Effect do que de seus aspectos técnicos.

Mas falando rapidamente sobre aspectos técnicos, devo afirmar que minha experiência com a saga foi com o PlayStation 3 e o primeiro jogo foi lançado, à princípio, apenas para Xbox 360 e PC. Dessa forma, se você jogou (ou vai jogar) a trilogia no PlayStation 3, não se deixe levar por alguns bugs e outros probleminhas que possam ter surgido por se tratar de um port, ou pela falta de física do Mako ao explorar planetas, ou pela repetitividade das sidemissions: o primeiro Mass Effecté uma obra prima, tanto quanto os outros, além de conter momentos e decisões importantíssimas que afetarão o desenrolar da história nos demais jogos, além de alimentar substancialmente seu background de informações.

Física do Mako. Ou a falta dela.A física do Mako. Ou a falta dela.
Mais importante ainda, a série possui um sistema de importação de personagem e decisões, ou seja, as decisões tomadas pelo jogador ficarão arquivadas no save file e, ao iniciar o próximo jogo da franquia, você poderá exportar seu personagem, bem como o registro de todas as decisões que você tomou no jogo anterior. Caso você não tenha um save anterior, o jogo irá considerar decisões aleatórias, e eu realmente não recomendo que você jogue dessa forma. Para você ter uma ideia do quanto isso influencia em seu jogo, a combinação de algumas decisões e diálogos de Mass Effect 1 com Mass Effect 2 geram cerca de mil variáveis em Mass Effect 3.

E é por isso que também recomendo: não jogue com o Shepard padrão. Você estará perdendo a oportunidade de criar algo que é realmente seu, que realmente te representa, o que aumenta a sua imersão no universo Mass Effect. Outra questão que posso reforçar é: se possível, jogue com UMA Shepard. Jennifer Hale fez um trabalho magnífico ao fazer o voice acting da FemShep e consegue passar emoções de uma forma brilhante. Ela dá vida à Shepard. A voz do MaleShep não é ruim, mas em minha opinião, não consegue passar emoções tão bem. Não me cativou. É uma voz genérica (se não conhece os trabalhos de Jennifer Hale, pode dar uma olhada nesse vídeo aqui).

O seu personagem - sua ou seu Commander Shepard - não é sua criação apenas no aspecto físico, mas também no aspecto emocional. Ele/a é uma representação do seu próprio eu em um universo extremamente rico em detalhes e onde os humanos não são os favoritos.

Sukita ShepardSukita Shepard e suas versões ME1, ME2 e ME3.
Como eu disse lá em cima, quem gosta de ficção científica sabe que o gênero é um dos que melhor lidam com questões morais e étnicas, com as relações sociais e, principalmente, com o propósito dos seres humanos. Com Mass Effect não é diferente. Todas essas questões são abordadas no jogo desde a criação do seu personagem, visto que Shepard pode ser mulher, afrodescendente e bissexual, tudo ao mesmo tempo, algo que você não veria nunca em um filme de ficção científica dos anos 60/70 (ou até mesmo hoje), por exemplo, e isso por si só já representa uma quebra de paradigmas. O mais interessante é que isso possibilita que sua/seu Shepard seja único e, mais ainda, que essas questões de raça e sexualidade é o que menos importa no contexto da civilização humana em Mass Effect.

Por mais que eu quisesse agir como um simples personagem do jogo, logo eu estava agindo como eu mesma, colocando os meus valores pessoais nas respostas e decisões que eu tomava. As decisões de Mass Effect são uma questão de narrativa, ela não vai influenciar em nada no seu combate: a dificuldade das batalhas do jogo não vai ser afetada por suas escolhas. A dificuldade das suas relações com os demais personagens do jogo, sim.

A roda de diálogo de Mass Effect permite que você tenhas as mais variadas respostas em uma conversa e a emoção é um fator determinante nas decisões que você tomar. Você pode expressar desdém, alegria, preocupação e uma série de outras emoções. Suas atitudes influenciarão diretamente na sua reputação, o que pode abrir novas opções de diálogos em determinadas situações e afetar consideravelmente as consequências. As escolhas erradas podem até ser responsáveis pela morte de algum membro de sua equipe. Mass Effect é um jogo não apenas de exploração de planetas e sistemas, mas de exploração de caráter também.

Sukita Shepard e sua squadSukita Shepard não seria nada sem seus Comrades. Sim, eu escolhi "Comrades".

Mass Effect é um universo de diversidade

E quando eu uso a palavra diversidade, não me refiro apenas ao que já foi exposto acima, como diversidade de reações, interações ou de customização de seu personagem. Mass Effect também é rico em diversidade de raças e rico em detalhes de sua história. Ao chegar em Citadel pela primeira vez, por exemplo, não ache que você vai encontrar uma grande quantidade de humanos perambulando por lá. Na verdade, humanos são a raça que você menos verá. Você encontrará os Turians, raça disciplinada de cultura militar conhecida por sua ética. Ou os Krogans, uma sociedade reptiliana recrutada para impedir a invasão de "insetos inteligentes" (quem já viu Starship Troopers?) e que sofre com o risco da extinção de sua espécie pelo Genophage, uma arma biológica criada pelos Salarians que faz com que 99 a cada 100 kroganzinhos nasçam mortos. Ou as Asaris, uma espécie composta apenas de fêmeas com um ciclo de vida de milênios, uma das raças mais poderosas e respeitadas da galáxia. Ou os Quarians, que são uma raça nômade que criou sintéticos inteligentes e entrou em guerra com os mesmos (Battlestar Galactica e os Cylons mandam lembranças). Cada raça em Mass Effecté um novo mundo rico em detalhes.

Codex
Ao jogar Mass Effect, você tem um Codex onde ficam armazenadas informações diversas sobre o universo do jogo, incluindo raças, tecnologias, lugares e acontecimentos. Sempre que algo novo aparece no Codex, eu leio e aprendo sobre o universo do jogo pois, por mais que você esteja no ano dois-mil-cento-e-lá-vai-pedra, as relações interraciais no jogo são embasadas em acontecimentos diversos, em diversas épocas da história do universo. Fatos históricos como as Rachni Wars, a First Contact War e as Krogan Rebellions são itens-chave para entender alguns comportamentos entre uma raça e outra. A importância de tais fatos históricos é tão grande que fica evidenciada em diversos diálogos. Você sempre vai encontrar alguém, algum humano, que vai dizer que estudou sobre uma ou outra raça nas aulas de história.

O mais importante de tudo é que você terá representantes das principais raças em sua equipe. E você aprenderá muito mais com eles, sobre suas culturas, seus hábitos e, principalmente, sobre eles mesmos, e vai ver o quanto o passado deles influencia no que eles são. Em Mass Effect 2, você poderá fazer as chamadas Loyalty Missions de seus companheiros, ajudando-os e conhecendo melhor suas histórias pessoais. É aí que você percebe que aquela menina chata, antipática e que parece só se preocupar com a missão, na verdade tem alguém na sua vida que depende dela mais do que qualquer coisa no mundo. Que alguém tem que superar a dificuldade de sacrificar algo que ama pelo bem maior. Que o assassino que você achava ser sangue frio e calculista na verdade é um cara com uma espiritualidade e senso de dever bem maior do que qualquer outro que você já conheceu. Mass Effect é algo mais que a raça humana. É algo mais que a galáxia. Mass Effect é tanto sobre quem é você quanto sobre quem está com você. São companhias apaixonantes com histórias cativantes. Logo, apesar de seu uma franquia baseada em ficção científica com o mínimo possível de technobabble e o máximo possível de embasamento científico, em sua essência, no núcleo de tudo, Mass Effecté um drama social e essa mistura de estilos causa um certo equilíbrio da narrativa que agrada aos mais diversos jogadores.

Diversidade em Mass Effect
Você pode encontrar essa mesma diversidade de raças e fatos históricos muito bem representadas em Star Wars ou Star Trek. No entanto, enquanto esses dois tratam a raça humana com um espaço maior e mais respeitados na sociedade galáctica - como Luke Skywalker e Capitão Kirk como melhores exemplos - em Mass Effect os humanos são os novatos na sociedade interestelar. Pior: nós estamos entre as espécies de segunda classe. O próprio conselho intergaláctico é formado por outras raças, sem a participação humana. Os humanos lutam contra o preconceito de outras raças para provarem que são importantes e que merecem espaço. Sendo assim...

Mass Effect é um universo de Cosmicismo

Ou seja, a raça humana não é nada além de insignificante. O primeiro Mass Effect, principalmente, lembra você a todo instante que você é um humano e que não pode trazer benefício algum às outras formas inteligentes de vida, afinal, como Javik fala em Mass Effect 3: "Human, I met your ancestors long ago. They were living in caves, throwing rocks at wildlife."

Salarian
Para quem não é familiarizado com o conceito de Cosmicismo, o termo foi criado por H.P. Lovecraft e designa uma filosofia que declara que "não há presença divina reconhecível, tal como um deus, no universo, e que os humanos são particularmente insignificantes no esquema maior da existência intergaláctica, e que talvez não passem de uma pequena espécie projetando suas próprias idolatrias mentais ao vasto cosmos, estando eternamente suscetível à possibilidade de ser varrida da existência a qualquer momento. Esta ideia também sugere que a humanidade inteira não passa de criaturas que possuem exatamente a mesma relevância e significância que plantas e insetos, mas em uma luta muito maior com forças igualmente muito maiores que, dada a pequeníssima e insignificante natureza desprovida de visão do ser humano, o mesmo não reconhece".

Sim, o Cosmicismo é um tapa na cara da sociedade. E é exatamente como os humanos são inicialmente vistos em Mass Effect, o que é reforçado pelo que nos é dito ao longo do jogo: "Vocês [humanos] existem porque nós permitimos. E vocês vão acabar porque nós queremos". O próprio roteirista da série - Mac Walters - confirma essa inversão de valores em uma entrevista, quando diz que eles inseriram "essa complicação [...] de que a humanidade não está no centro de tudo. Shepard encarna isso, nunca realmente confiado, nunca realmente apoiado", ou seja, nós somos os verdadeiros alienígenas.

Você não vai criar um personagem respeitado na galáxia, e isso desestabiliza a autoconfiança do jogador. Os humanos não estão em posição privilegiada. Você não vai controlar um personagem que vai resolver todos os seus problemas contando apenas com a ajuda dos humanos, você precisa das outras raças mais do que elas precisam de você. E por essas outras raças terem papel tão fundamental no universo e na vida de seu personagem é que você se importa tanto com elas. Tanto ao ponto de não ser incomum você ouvir vários jogadores dizerem que gostariam de jogar como um Turian ou como uma Asari, por exemplo. E não é à toa que as principais escolhas de romance nos jogos são pelos personagens de outras raças também.

Mass Effect coloca a raça humana em um mundo sem deuses e onde somos irrelevantes. Em meio à tensão dos tiroteios, aos dilemas das relações interpessoais, aos romances e amizades construídas, Mass Effect trata principalmente de companheirismo, perseverança e sobrevivência, por quem e por quê realmente vale a pena lutar, não apenas da existência de vida inteligente em outros planetas. Mass Effect te faz repensar o mundo e o universo de outra maneira.

por sucodelarAngela sobre Degustando, Mass Effect, PC, PlayStation 3, Wii U, Xbox 360 em 08/08/2014 às 08:12:50 veja no site

Jogatina Conectada

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Porque eu ainda uso meu Nintendo Wii.

Este ano eu fui pego de surpresa pelo anúncio do fim da Nintendo Wi-Fi Connection. Eu havia lido que o motivo fora o trabalho desempenhado pela empresa junto ao recém lançado Wii U, o que já fazia sentido, mas li também que a parte online estava a cargo do pessoal da Gamespy, e como seus serviços foram descontinuados, vários jogos seriam afetados, não apenas os jogos do Nintendo Wii e DS.


Ok, eu já estava conformado, pois achei normal o fim da NWFC e já contava os dias para a aquisição do meu Wii U, contudo, uma notícia lida esta semana me interessou, e muito: Um grupo de jogadores desenvolveu um patch que permite que o Wii se conecte à Internet para partidas contra outros jogadores.

Controle de Zion... Entramos!

Fale a verdade, quando você vê jogos como Ronaldinho Soccer 97 ou aquele jogo que só saiu no Japão, legendado em Inglês ou português, você comemora não é mesmo? Se não, aposto que sim com aquele jogo que você jogava quando mais novo e não acha para comprar em lugar algum. E quem propicia isso a você? Exatamente quem, não sei, mas sei que tem um monte de gente internet à fora a quem você e eu devemos agradecer. E tudo isso tem a ver com a emulação.

Eu conheci a emulação no início dos anos 2000, quando rodávamos PS1 travando (EmuRayden!) e Nintendo 64 todo bugado. Mas havia coisa boa nesse meio, como o KGen para rodar Mega Drive ou o ZSnes, para jogar Super Mario & Cia. Foi graças à emulação que consegui jogar vários clássicos do Nes, Snes e até Neo Geo, que nunca conseguiria nos respectivos consoles. Mas a emulação acabou ficando chata, pois eu queria jogar na TV, com controle nas mãos. Por isso voltei, depois de muito tempo, aos consoles de mesa. Ainda emulei por muito tempo usando meu PSP, mas apenas GameBoy Advance.

Acontece que uma das coisas mais legais que tive na emulação foi a possibilidade de jogar as velhas roms de Snes no modo Multiplayer Online. Isso Mesmo! SuperMario Kart Online! Ronaldinho Soccer Online! E não só o Snes, mas outros também, como Nintendo 64. Mas também ficou chato e parei. Foi assim até jogar Mario Kart Wii.

Podem falar o que quiserem, que o Wii é fraco, que o modo online não tem headset e tal, mas é inegável que é divertido pra caramba! Eu joguei muito; Só contra o Tchulanguero, o que foi uma surpresa para mim, foram mais de 300 partidas! Eu joguei também Call of Duty: Modern Warfare - Reflex e FIFA 11. Mas ai veio o desligamento da Nintendo Wi-Fi Connection, e junto a rede online da empresa do Mario. Para mim era algo inevitável, mas eis que um grupo de jogadores/rachadores/fuçadores resolveu este "problema". Há poucas semanas foi disponibilizado para download o Wiimmfi, que nada mais é que um patch que faz com que o Nintendo Wii conecte-se a servidores prontos para que vários jogadores se enfrentem em espetáculos dignos de Roma. E o primeiro jogo: Mario Kart Wii.

It’s Me! Wiimmfi


Como eu sou curioso, busquei algumas informações sobre o programa e consegui algumas respostas. Para que os jogos rodem é necessário, primeiramente, que o Wii esteja desbloqueado, uma vez que rodará uma ISO modificada. Passado o programa, a mudança mais visível é a seleção do Menu "Nintendo Wi-Fi Connection", pois, no lugar deste nome aparece "WiimmFi" e a frase "Conectando-se com a Nintendo WFC" foi substituída por "WiimmFi WFC". Fora isso, está tudo igual, como todos estamos acostumados.

Num primeiro momento pensei em quantos jogadores estariam online e deve ser um bom número, uma vez que não é difícil encontrar adversários. Neste quesito, tudo está como a antiga Nintendo WFC. E não tive problemas de conexão. Joguei algumas corridas apenas, mas posso garantir que está tudo como antes. Ainda bem...

No fórum onde baixei o programa há dois links, um para o patch do Mario KartWii e outro para ser usado com outros jogos. Até agora testei em mais 2 títulos: Call of Duty: Black Ops, sem sucesso e PES 2013, para marcar uns golzinhos online. PES funciona com o Wiimmfi, mas eu não encontrei ninguém para enfrentar.

E ai, João Roberto? O que achou?

Difícil dizer agora, pois parece que poucos jogos estão funcionando, dentre eles Super Smash Bros Brawl, mas tudo parece bem promissor. O que é bom, afinal, eu não tenho um Wii U para jogar Mario Kart 8, mas ainda quero lançar meus cascos vermelhos nos adversários, e nesse quesito,qualquer Mario Karté diversão garantida!

Para quem se interessar, seja por vontade de jogar ou apenas por curiosidade, deem uma olhada no vídeo ai embaixo:

youtube.com/watch?v=BhVOcX7vpaQ


Agora que vocês sabem que seus Wiis ainda podem se aventurar online, não percam tempo não, baixem o programa, peguem seu controles e Vão Jogar!

Nota do revisor:embora o Vão Jogar! como site não tenha maiores problemas com a utilização de métodos diversos para reviver jogos que de uma forma ou outra não são mais possíveis de serem jogados total ou parcialmente, nós de forma alguma incentivamos a pirataria, principalmente de jogos que ainda hoje podem ser facilmente adquiridos a preços razoáveis. Respeitamos a decisão de cada um sobre o que utilizar ou não, mas por favor, nada de pedidos e postagem de links para ISOs nas tagarelices, ou então vão parar na geladeira, ok? Abraço para todos e boa diversão ;) @tchulanguero

por João Roberto sobre Papo Livre, Wii em 15/08/2014 às 14:34:33 veja no site

Uma Conversa Sobre O Guarda-Roupa Da Samus

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Armadura, armadura, armadura, shortinho... ops, esse tem que jogar fora... ou não?

Já rola há um bom tempo pela internet uma certa discussão sobre a sexualização feminina no mundo dos jogos, discussão essa muito bem vinda e que eu procuro acompanhar com muito interesse na medida do possível. Sim, além de jogos, eu adoro debates sobre comportamentos sociais dos seres humanos, então quando esse assunto se une a jogos, é certeza que ficarei atento. Aliás, essa é uma pauta que eu ainda quero trazer de uma forma mais abrangente aqui, afinal nem só de jogos e bebidas vive o site... ou quase. Mas hoje eu vou ser mais específico, quero falar sobre o shortinho da Samus...

Zero Suit Samus Shorts
O motivo? Muito simples: pela repercussão que duas imagens geraram, e claro, porque é sobre a Samus... de shortinho, que outro motivo eu teria? :P

Mas antes de eu dar qualquer opinião sobre o assunto, e de duas uma, receber amor incondicional ou pedras do público seleto do Vão Jogar!, vamos contextualizar as coisas, porque contexto é tudo nessa vida.

SAMUS, ANIQUILADORA DE RAÇAS E 28 ANOS DE PRAIA

Samus ao longo das gerações
A série Metroid começou lá no Nintendinho, no ano de 1986. O jogo era totalmente focado em exploração, e não se sabia praticamente nada sobre aquele "cara" na armadura... aliás, não dava pra saber nem se era um ser humano ali dentro ou um robô. Depois de sair chutando a bunda de todos os piratas espaciais que aparecem pelo caminho, o final do jogo nos revela que aquele "cara" na real é uma mulher! Sim, Samus aparece em toda a sua glória trajando um... maiô/biquíni rosa. Esse fato, Samus com trajes mínimos no final dos jogos, acabou por se tornar tradição na série, normalmente sob a condição de terminar o jogo em um determinado número de horas e/ou porcentagem de itens. Ou seja, a grande recompensa de zerarMetroid em menos tempo ou coletando o maior número de itens, sempre foi ver o que a Samus está vestindo debaixo da armadura, variando entre biquínis, maiôs, shorts com top e recentemente, a Zero Suit. Aliás, falando nela...

ZERO SUIT, O INFAME COLANT AZUL

Zero Suit Samus
Tudo começou no GameBoy Advance, com o remake do primeiro jogo da série, Zero Mission. Além de toda a óbvia remodelagem técnica, ZM tem um trecho extra em que jogamos com a Samus sem a armadura, em uma roupa azul e munida de apenas uma pistola paralisante. Isso lembra vocês de algo? Pois é, bastou apenas esse pequeno trecho para que a infame Zero Suit conquistasse o coração de boa parte dos fãs da franquia. É claro que a roupa tornou a aparecer novamente em outros jogos da série, como Metroid Prime 2: Echoes, Metroid Prime 3: Corrupition e o no controverso Metroid: Other M, assim como em Super Smash Bros. Brawl (Wii), como uma versão alternativa de Samus. Até então tudo ok, certo?

SAMUS SUBIU NO SALTO

Zero Suit Samus - Saltos
O tempo passou, e obviamente mais um Super Smash Bros. foi anunciado, dessa vez em dose dupla, para o Wii U e 3DS. E é claro que todos já esperavam a presença de Samus em suas duas versões, o que rapidamente foi confirmado, mas dessa vez sendo duas personagens completamente distintas. Na Power Suit nenhuma grande mudança, é a mesma Samus "Mastiga Piratas Espaciais No Café Da Manhã" que já estamos acostumados, mas a Zero Suit recebeu um banho de loja e teve o acréscimo de um acessório no mínimo interessante: botas com salto alto.

Apesar do visual alá Bayonetta, as botas possuem jatos que permitem maiores acrobacias e golpes por parte da Samus desarmadurada. Por mais bizarro que pareça, essa adição estética gerou um certo burburinho na internet, com princípios de acusações que a Nintendo / Namco estariam sexualizando demais a loira exterminadora de metroids. Olha, eu até entendo que realmente há uma certa conotação sexual em saltos altos, uma vez que um dos seus objetivos é fazer com que a mulher ande com a bunda empinada (sim meu camarada, não é só pra ela ficar reclamando na sua orelha que o pé está doendo), mas partir do princípio que isto está sendo utilizado para uma pretensa sexualização de uma personagem virtual, creio ser meio exagerado. No máximo falar que não é muito coerente, afinal não deve ser muito prático para lutar... a não ser que você seja uma bruxa. :P

Em tempo, eu não vejo graça nenhuma em mulher de salto alto.

A POLÊMICA DO SHORTINHO

Então essa semana o Sr. Sakurai, produtor de Super Smash Bros., publica a imagem que ilustra esse escrito no Miiverse e manda essa:

Olhando para o número de dias que nos restam para finalizar o desenvolvimento, seria uma tarefa impossível para criar esta... foi o que eu disse a minha equipe. Mas graças à determinação de uma designer, estas versões da Zero Suit foram concluídas a tempo. Do final de Metroid: Zero Mission, aqui está, Samus de shorts!

Roupa alternativa Zero Suit Samus 3DS
Colocaram como roupa alternativa da Zero Suit Samus as vestimentas dos finais de Metroid Fusion e Metroid Zero Mission, não é bacana? Bom, não foi assim que boa parte das pessoas pensou. Se já rolou alguma reclamação a respeito do salto alto, quando a Samus apareceu de shortinho e top então a casa veio abaixo, e creio que a declaração (irrelevante por sinal) do Sakurai dizendo que foi uma designer que fez o traje, já era uma tentativa antecipada de esfriar os ânimos. Mulheres, homens, facebook, twitter, blogs, sites, todo mundo levantando a bandeira do "feminismo" e dizendo o quão absurdo é isso, que Samus não precisa dessa sexualização toda e blá, blá, blá. Eu perplexo olhei tudo e fiz a cara de...

WTF- Má que porra é essa?
Sabe, eu realmente entendo e apoio toda essa cruzada em prol de jogos que valorizem mais as mulheres ao invés de tratá-las simplesmente como donzelas indefesas e/ou pedaços de carne virtual. Eu entendo e apoio quando as mulheres se sentem excluídas de um Assassin’s Creed por ele não permitir a criação de um avatar que as represente, ainda mais sob uma desculpa completamente esfarrapada. Mas eu realmente não entendo o rebuliço todo em cima de uma roupa alternativa do jogo de "luta" mais zoado que deve existir, retirada de um jogo da série original (Metroid) com mais de dez anos, de uma personagem que por mais durona que seja, nunca perdeu a chance de ficar mais a vontade, como se o ideal de mulher forte fosse simplesmente uma figura masculina com formas femininas. Até porque convenhamos, usar aquela armadura o dia inteiro deve ser desconfortável pra kct. E vejam bem, de todos os modelos que poderiam ter utilizado, pegaram justamente o mais comportado de todos, simplesmente um traje esportivo que vemos facilmente sendo utilizado pelas ruas sem que isso seja ofensivo. Eu juro que li todos os argumentos, dos mais bem escritos aos mais toscos, tentando entender o que realmente a pessoa queria dizer, e se aquilo me parecia "correto", mas não deu, me senti em meio a um debate de freiras sobre posições sexuais.

AlienE lembrem-se, até em Alien, uma das maiores referências
para o universo Metroid, rolava trajes mínimos.

Claro, podem argumentar que só fizeram isso para atrair ainda mais "tarados" para o jogo, mas sério mesmo que vocês acreditam que apenas uma roupa alternativa, de uma única personagem é suficiente para fazer um jogo que por si só já vende pra caramba, vender ainda mais? Sério gente, o máximo que teremos é mais adolescentes prestando suas devidas homenagens.

Entendam, qualquer homem heterossexual saudável vai achar muito mais agradável um modelo virtual feminino a um masculino, mas isso não significa necessariamente que esse é foco dele no jogo. Sim, eu adoro peitos virtuais balançantes e bundas rebolantes (um beijo para a Mai e outro para a Vanessa Z. Schneider), não tenho vergonha nenhuma em dizer isso, mas não é o motivo que me faz gostar definitivamente ou não de um jogo, ainda mais Metroid... aliás, nem de Dead Or Alive. Isso também vale para o desenvolvimento, não é porque uma personagem foi desenhada com mais peito ou roupa curta, que o foco do jogo seja esse, ainda mais quando vem do Japão, um país altamente reprimido sexualmente e que extravasa mesmo essa parada em suas artes, as vezes de maneira mais ou menos "agressiva". Aliás, Samus minha filha, vamos incluir mais um pouquinho de gordura na sua dieta, porque tu magra pra kct. :P

As mulheres lutam tanto por direitos iguais, para poderem se vestirem da maneira que lhes seja mais confortável ou do gosto delas, que é no mínimo estranho que uma simples roupa casual, devidamente contextualizada, em um jogo de luta que simplesmente ignora qualquer lógica para juntar personagens de universos distintos, cause essa reação. É completamente diferente, por exemplo, do que fizeram com a própria Samus em Other M, reduzindo-a a uma garotinha mimada, sem um pingo de iniciativa e completamente submissa... e isso não é birra minha com o jogo, de fato isso ocorre.

Samus e Adam- Que saco Samus, larga do meu pé chulé!
Engraçado também que não vi nenhum rebuliço por conta da apresentação da Palutena por exemplo, ou do físico do Capitão Falcon, ou das roupas também alternativas de Peach, Daisy e Rosalina em Mario Kart. Dá a impressão que a grande parte dos que reclamam estão apenas seguindo a maré, sem fazer a mínima ideia do que realmente estão falando, apenas para pagar de intelectuais fodões, o que muito me lembra as maluquices da PETA ao crucificar jogos como Pokémon e Super Meat Boy. Aliás, alguns comentários que li deixam claro que a pessoa não sabe que também há a versão Power Suit no jogo, como se essa fosse a única Samus disponível.

Capitão Falcon VS Little MacSeria Capitão Falcon parente do Kid Bengala?
Continuem discutindo sobre o assunto, reclamem do que acharem que não é correto, tagarelem como se não houvesse amanhã logo abaixo, forcem as empresas a não serem um bando de escrotos machistas, mas aprendam a contextualizar as coisas antes, caso contrário irão começar a beirar o ridículo e então lá se vai a credibilidade. Fora que também chegaremos ao ponto onde o processo criativo começará a se limitar para não gerar reclamações. Vai que o(a) cara realmente gosta de desenhar minas peitudas com pouca roupa? Ele deve deixar de fazê-lo por conta de uma parcela que acha isso ofensivo? Entendam que feminismo não é femismo, igualdade e justiça é diferente de privilégio. E por fim, não levem tudo tão a ferro e fogo com uma visão paranoica do mundo, principalmente quando estamos falando de entretenimento puro e simples. Agora peguem o seu jogo favorito, independente se o protagonista é homem, mulher, usa muita ou pouca roupa, e Vão Jogar!

Samus ByeSee you next mission!

por Tchulanguero sobre Papo Livre, Metroid, Super Smash Bros., Nintendo 3DS, Wii U em 22/08/2014 às 08:10:15 veja no site

Shadow Kings

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Um MMO gratuíto para Android e PC.

Shadow Kings
Lançado recentemente pela Goodgame Studio, Shadow Kingsé um MMO RTS gratuito lançado para PC (navegador) e smartphones com o sistema operacional Android, devidamente localizado para o bom e velho português.

Se valendo da velha premissa fantástica-medieval, onde humanos, elfos e anões estão lá de boa bebendo cerveja, enquanto criaturas sacanas como goblins, orcs e trolls só querem tocar o terror, Shadow Kings te coloca no gerenciamento de exércitos contra essas criaturas, onde o que vale é a estratégia, para que o típico "mate, esmague e destrua" entre em ação.

Como é de praxe nesse tipo de jogo, há um tutorial para que os iniciantes aprenderem as regras básicas e não sejam massacrados logo de cara. Também estão prometidos novos conteúdos e eventos, para que a galera não enjoe rapidamente.

Então o que estão esperando, acessem www.tocadosjogos.com.br/mmo/shadow-kings , criem o seu cadastro e Vão Jogar!

por Tchulanguero sobre Publieditorial, Celulares & Outros Gadgets, PC em 28/08/2014 às 19:24:28 veja no site

Vão Escutar! #002 - Sobre Nossas Andanças Videogamísticas

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Eu juro, ninguém estava bêbado... eu acho.

Depois de um "tempinho" além do previsto, finalmente sai a segunda edição do podcast de jogos mais bacana de todos os tempos, o Vão Escutar!, agora testado e certificado pelo Instituto Volume de Podcasts em Ônibus Lotado de qualidade. E seguindo a nossa linha de temas ultra originais e nunca dantes vistos nesse planeta, hoje Tchulanguero, Somari e Professor João Roberto falam um bocado sobre o que andam jogando, além de contar causos e mais causos que vão fazer vocês morrerem de rir, ou perceber de vez que nós não passamos de um monte de lesados falando sobre jogos... eu sinceramente espero que vocês façam as duas coisas. Então não fiquem marcando toca, cliquem no link abaixo e VÃO ESCUTAR!


vaojogar.com.br/vaoescutar/vao-escutar-002-sobre-nossas-andancas-videogamisticas.mp3
Para baixar, clique com o botão direito e selecione a opção "Salvar Como"

Data da gravação: 12/07/2014

Iaê, o que achou? Dessa vez eu editei de uma forma diferente, então pode ser que algumas coisas tenham mudado um pouco, ainda estou pegando as manhas. Mas não importa, deixe sua opinião abaixo nas tagarelices ou mande um e-mail para contato@vaojogar.com.br!

Quer xingar individualmente os membros do site? Quer saber se a sucodelarAngela já melhorou e em que nível etílico o T-ROK estava para não ter participado? Ué, muito fácil, encontrem eles nas redes sociais:

Tchulanguero - facebook, twitter e alvanista
SucodelArangela - facebook, twitter e alvanista
Somari - facebook e twitter
Professor João Roberto - facebook e alvanista
T-ROK - Alvanista

por Tchulanguero sobre Vão Escutar!, Blok Drop U, F-Zero GX, Luigi’s Mansion, Majora’s Mask, Metal Gear Solid, Pokémon X & Y, Super Metroid, Wii Sports Club, Wind Waker, ZombiU, F-Zero, Metal Gear, Metroid, Pokémon, Zelda em 29/08/2014 às 08:35:09 veja no site

Fangames: O Pai Dos Indies

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Vocês já viram aqueles jogos toscos baseados em algum jogo de alguma franquia legal? Se vocês acham isso algo besta, saibam que é porque os caras que o fizeram são programadores ruins, pois há vários desses jogos de ótima qualidade. Quer conhece-los? Então venham comigo no maravilhoso mundo dos fangames!

No meu último escrito, contei a vocês um pouco da minha experiência como jogador indie. Para quem não lembra a definição dessa palavra, “indie” significa produtor de jogos independentes (nesse caso, né pessoal). Contudo, o mundo dos jogos feitos por fãs vai um pouco além desses criativos e se estendem mesmo... para os fãs.

Meu primeiro contato com o mundo dos jogos feitos por pessoas comuns em casas comuns não veio dessa época mais recente, mas sim lá pra 2005 com o fangameSonic Neo Universe, de 2003. “Mas tio Somari, isso é um jogo do Sonic feito sem autorização da Sega? Isso não é quebra de direitos autorais?” Então... Já vamos falar disso.

Sonic Neo UniverseUm típico fangame: o predecessor dos indies
O termo “fangame” é exatamente isso: fan game, ou jogos feitos por fãs. No geral são feitos usando franquias já existentes e sem autorização legal (muitos até tentam, mas quase nenhum consegue). O grande barato desses jogos é o fato deles serem, ou bastante criativos, ou simplesmente aquilo que você espera que a empresa faça da franquia. Tá, alguns são bem ruins também, mas enfim.

MUGENGoku vs Kenshiro!? Cacete! Seria uma porradaria das brabas. Isso é MUGEN!
Minha experiência com fangames é, digamos, de longa data. E sou fã assumido desse estilo, afinal, os jogos feitos por fãs normalmente possuem qualidade maior, já que são feitos por pessoas que sabem o que querem como consumidor (cá entre nós, as empresas hoje em dia dificilmente sabem o que os jogadores querem).

O mais legal de tudo é que os fangames são, em geral, fáceis de fazer. Há vários programas simples por aí que você pode usar para criar um, como o Multimedia Fusion ou o próprio RPG Maker, sem precisar de uma linguagem complexa de programação (muito embora você não vá além do básico, claro).

Sonic do SomariO ano era 2007. Eu tinha 15 anos. Eu fiz esse jogo no The Games Factory. E sim, esse jogo tem MUITO bug (como não poderia deixar de ser)
Ultimamente é difícil ver notícias sobre essa categoria, que pode-se dizer ser o pai dos indies. Mais difíceis que nos idos de 2003-2007 e não me surpreendo por tanta gente não conhecer. Digamos ser a parte mais obscura e underground dos jogos independentes.

Entretanto o maior problema, e que vem piorando ainda mais a situação desse estilo são as empresas, afinal, por mais que os produtores caseiros tenham ideias geniais e façam milagres com jogos, sempre há alguma questão jurídica que atrapalha o projeto, sendo uns dos casos mais famosos Streets of Rage Remake e Sonic Fan Remix, apenas para citar dois. Isso gera uma comoção em massa dos fãs das franquias, que ficam sedentos por novidades por parte das empresas e, quando alguém resolve fazer algo novo, a própria empresa que deveria fazer esse papel destrói esses sonhos, embora isso uma vez na internet, se torna praticamente impossível parar a circulação desses jogos. Esse Streets of Rageé um exemplo disso, após oito anos de produção e depois de colocado para download (e retirado logo em seguida por ordem da Sega), é possível encontrar muitos links espalhados por aí. Já Sonic Fan Remix por outro lado, teve apenas um beta de 3 acts lançado e depois, caiu no limbo.

youtube.com/watch?v=pF2WjhuWPhEOFICIALIZE ISSO, SEGA!!!
Mas há as empresas que se aproveitam disso. Megaman Vs Street Fighter foi uma das surpresas lançadas pela Capcom no aniversário de 25 anos do robozinho azul. Entretanto muita gente não sabe que o jogo foi feito por um fã cingapuriano, que logo após foi, digamos, subsidiado pela Capcom para ser lançado usando a marca da empresa. E muitos consideraram um ótimo trabalho por ser (quase) exatamente o que o pessoal vinha pedindo há tempos. Ah, você não sabia que não foi a Capcom quem fez aquele jogo? Pois é, não foi.

youtube.com/watch?v=61-OMrOxysoCapcom se importando com Megaman!? Não. Só os fãs se importam.
E falando nisso, não são poucos os jogos que são sonhados pelos fãs há tempos. Muitos desses tem petições para que as empresas lancem de forma oficial, como Mother4 ou Chrono Trigger: Crimson Echoes, dois jogos aclamadíssimos, feitos por fãs.

Mother 4O sonho de muitos fãs da franquia Mother, cujo a Nintendo já afirmou que não voltará mais.
E se engana quem acha que os jogos feitos por fãs são apenas sprites colados num fundo de alguma fase já existente de algum jogo. Tá, é praticamente isso mesmo, mas é feito de um jeito que você nem repara nisso. E vai por mim, vocês vão ter bastante diversão jogando essas coisas.

youtube.com/watch?v=kGUenIoCTP8Shadows of Lylat, um projeto de fangame para Star Fox. Não tenho certeza se o jogo foi concluído, mas fica aí as imagens dos testes de engine
Ultimamente tenho jogado Psycho Waluigi, que conta a história do Wario Roxo, alterego do Mario Verde, onde um dia acorda e descobre que possui poderes psíquicos e usa isso para se tornar rei do mundo, conquistando cada um dos castelos de cada terra por onde passa. A história pode ser um pouco sem sal, mas no geral o jogo é divertido e muito, muito muito difícil.

Psych WaluigiJogo genial, com elementos de jogabilidade criativos e um ótimo level design. Com certeza um dos melhores fangames que já joguei na vida!
Além disso há as “feiras online” de jogos feitos por fãs. A SAGE (Sonic Amateur Games Expo), por exemplo, é uma dessas feiras e reúne uma vez por ano para apresentar jogos e engines criadas por fãs para dos jogos do ouriço azul.

youtube.com/watch?v=fH5Ls3q70bAUm dos projetos da SAGE para esse ano.
Para quem é fã de Sonic, essa feira é um prato cheio!

No geral os fangames possuem títulos de qualidade inquestionáveis e de uma variedade extensa. Vale a pena dar uma provadinha neles. E ah! O melhor de tudo!? Eles são grátis! Então, procurem suas franquias favoritas, Vão Jogar! e divirtam-se :D

por Somari sobre Papo Livre em 05/09/2014 às 08:32:33 veja no site

Woooow! Nice Graphics!

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Quando a adoração pelos gráficos passa do limite.

Fala kambada, beleza? Esse escrito de hoje é um pouco diferente do que vocês estão acostumados aqui. Não foi feito por nenhum de nossos colaboradores, e sim por um... leitor! Sim, o Willi Weiss me procurou, mostrou o seu texto e pediu para que fosse publicado aqui no site. Depois de rigorosos processos de avaliação e muito suborno em forma de cerveja, eu decidi que valia a pena atender o pedido do garoto... brincadeira, a parada está bem escrita mesmo e é uma excelente reflexão. Então, boa leitura!

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youtube.com/watch?v=cNtuK4CU3ko
Paisagens deslumbrantes, locais belos e vistas encantadoras arrancam suspiros de qualquer ser humano. Não importa a idade, a etnia, o sexo, a religião ou que for, quando nos encontramos em um lugar maravilhoso de observar, no qual olhamos para os lados e vislumbramos uma paisagem fantástica, suspiros de paz e conforto são arrancados de nós pela magia da vida. Seja uma paisagem urbana, desértica, florestal, não importa: nosso psicológico nos faz nos sentirmos bem quando estamos em um lugar gostoso de se apreciar visualmente.

Tal experiência, com o advento da tecnologia, pôde deixar de ser restrita às pessoas que se deslocavam a belos ambientes para apreciá-los. Com a invenção da fotografia, imagens podiam ser captadas e então guardadas para depois serem exibidas a outras pessoas. E com a chegada do cinema em 1895, tudo o que o ser humano desejasse registrar, não era mais limitado a uma imagem estática, mas a um conjunto de imagens que permitiam uma melhor observação do local por parte daqueles que não podiam se deslocar até lá.

Paisagem: Lago com ponte ao fundo
O conceito de "vídeo" se popularizou junto com a venda dos aparelhos de videocassete em 1971 e nos anos seguintes. Tais aparelhos utilizavam como mídia uma versão aprimorada das fitas K-7 dos rádios, mas ao invés de gravarem somente áudio, o novo recipiente era capaz de reproduzir vídeo também, ambos em conjunto. As pessoas puderam, a partir de então, apreciar lindas paisagens e locais esplêndidos no conforto de sua casa, direto de seu televisor.

Não importa se é ao vivo ou por meio de uma tela, fato é que coisas "bonitas de se olhar" sempre fizeram e continuarão fazendo as pessoas se sentirem bem. Não vai ser o avanço da tecnologia ou mudanças de costumes sociais que mudarão isso. O bonito sempre será bonito, e é natural do ser humano e de seu psicológico, sentir-se bem e em paz quando diante de uma bela paisagem ou afim.

E nos nossos amados videogames isso também nunca foi diferente: em cada época, utilizando a tecnologia disponível, as produtoras de jogos sempre procuraram criar ou reproduzir lindíssimos ambientes em seus jogos, os quais, fosse no Nintendinho ou nos games modernos, sempre nos agradaram com sua beleza.

Mas o fato é que hoje em dia, a obsessão da grande maioria dos gamers em relação aos "gráficos" dos jogos têm saído do controle, ao ponto de algumas pessoas deixarem de jogar ótimos jogos por causa de seus gráficos ultrapassados. Ou mesmo de dizer que um jogo é ruim só por não ter gostado do gráfico, ignorando totalmente fatores cruciais em um jogo de videogame que são jogabilidade, diversão, nível de entretenimento e muitos outros.

Hoje é dia 24 de agosto de 2014, e neste texto, abordarei de forma geral as questões relacionadas a gráficos nos games atuais. Caso forem fazer julgamentos, utilizem de razão e não de preferência. Tenham todos uma ótima leitura.

Seja hoje ou na década de 80 com o Atari, os jogadores nunca aceitaram tudo e chamaram "qualquer coisa" de bonita. Tomando como exemplo os games dessa plataforma, para um jogador dos anos 80, Pitfall e River Raid são uma obra prima em matéria de gráficos se comparados a ET ou Carnival. Sempre foi assim com todas as plataformas e sempre vai ser, sempre vão haver os games bonitos e os games feios. Mas um fator que temos de considerar é que, com o passar dos anos e o avanço da tecnologia, há cada vez mais games bonitos e cada vez menos games feios. Os jogos que antes custavam algumas centenas de dólares para serem produzidos em 8 semanas, hoje custam milhões e levam anos para serem lançados. As empresas aprenderam como se faz, e todas se esforçam para caprichar na beleza de seus games. E, em contrapartida, numa época em que nunca se viram jogos tão lindos e realistas como hoje em dia, também nunca se viu tantos gamers estressados e enjoados, dizendo que os jogos estão feios. Curioso isso, não?

Pitfall
Pois é. Na minha opinião, um dos maiores erros foi de as empresas deixarem o conhecimento técnico chegar aos olhos e ouvidos dos jogadores. Eles aprenderam o que são texturas, o que é shadding, o que é renderização, o que é suavização, o que são frames por segundo, o que é resolução e todas essas coisas que acabaram nos tornando céticos demais. Se antes achávamos algo bonito "porque era bonito", hoje fazemos uma análise técnica dos gráficos do jogo antes de lhe conceder algum adjetivo. E isso é bom, certo? Assim podemos exigir das empresas um produto melhor e elas estarão sempre nos entregando games com gráficos cada vez mais estonteantes, e isso será ótimo para nós, não é? Irei te responder a essa pergunta de uma maneira detalhada, destrinchada e bem específica no parágrafo abaixo.

Não.

E eu vou provar isso a vocês.

FPS
Você gamer que está lendo este texto. Quantas vezes você já não parou num game de mundo aberto que possui vislumbres para todos os lados, e deixou de notar a beleza de um gramado com um lago cercado de belas árvores com folhas caindo, para reparar que a grama estava quadrada? Quantas vezes você não deixou escapar um pedaço de uma cutscene para reparar que ela estava sem VSync? Quantas vezes você foi atingido pelos inimigos em uma correria porque estava mais preocupado com a quantia de frames por segundo que o jogo tem em sua plataforma em relação à plataforma do seu amigo, ao invés de se preocupar em encontrar um abrigo para o seu personagem? Quantas vezes você não deixou de se reunir com sua turma para jogar um saudável e gostoso multiplayer de tela dividida porque nessa condição o jogo perde 10 frames? Quanto tempo da sua vida em que você poderia estar pesquisando ou lendo sobre algo interessante na internet que podia servir para que você tirasse uma nota melhor na prova ou tivesse mais assunto para conversar com a moça/rapaz da/do qual você gosta, você desperdiçou para assistir a vídeos de comparações gráficas entre plataformas e ficar numa angústia interna de que a sua plataforma tem o desempenho inferior àquela outra do vídeo?

É isso aí.

Falo por experiência própria. Vou contar uma verdade da minha vida pra você agora. Aprendi (e me arrependo profunda e amargamente) sobre texturas, renderização e etc, este ano. Na busca por decidir qual plataforma eu escolheria para essa próxima geração (PlayStation 4, Xbox One, Wii U ou PC), decidi dar uma chance ao PC, que é uma plataforma pela qual não tenho muita simpatia para jogar. Como no PC você tem que escolher peça por peça, comecei a ver vídeos e ler textos ensinando a escolher as peças certas, o desempenho de cada uma, etc. Me aprofundei muito nas placas de vídeo, e nisso, devorei o canal da ChipArt Informática no Youtube. Lá, há reviews detalhadíssimos de todas as placas de vídeo que você pode imaginar. E junto disso, eles lhe transmitem bastante conhecimento sobre esses detalhes técnicos nos jogos. E quando você aprende, você começa a reparar neles quando vai jogar.

Até então, meu PlayStation 3 era o céu na Terra. A grande maioria dos games que eu jogava, achava um vislumbre. Depois de aprender sobre os detalhes técnicos, comecei a prestar atenção demais nisso e achar feios os jogos que antes eu achava lindos. Mas não por eles realmente serem feios e agora eu "manjar das coisas", pelo contrário: eles são lindos, mas eu me tornei cético demais. É como expliquei lá em cima, há jogos bonitos e há jogos feios, e você acha algo bonito "porque é bonito" ou feio "porque é feio". Mas quando você aprende sobre essas coisas, fica tão crítico que deixa de reparar na beleza para identificar defeitos. E agora estou correndo atrás do prejuízo, tentando me auto educar para voltar a prestar mais atenção no que importa - o jogo - como eu fazia antes e esquecer esse conhecimento técnico. É difícil.

Sonic Generations
Só que diferente de mim, muitos gamers que também adquiriram esse conhecimento, se esqueceram das outras coisas que importam num jogo, e hoje estão se preocupando exclusivamente com gráficos e deixando todos os demais fatores de lado. Na batalha PC x Consoles, eu compreendo alguns gamers defenderem o PC por preferirem o mouse e o teclado para jogar e poderem sentar mais perto da tela, como compreendo outros que preferem o console por gostarem mais do sofá e do controle. Também compreendo a galera dos computadores preferirem a plataforma por gostar mais de jogar online, e o pessoal dos videogames defenderem estes pois preferem jogar com os amigos (embora ambas as possibilidades estejam disponíveis em ambas as plataformas). Só que tem a galera que está esquecendo tudo e deixando tudo de lado, e optando pelo PC só por causa dos gráficos melhores e taxa de quadros por segundo mais altas. Eu não gosto de jogar no PC, mas não tenho nada contra quem goste e respeito isso, pois na minha vida aprendi a respeitar os gostos dos outros. Então não ache que meu argumento é este por eu não ter apreço pela plataforma, mas é algo que observei, os gamers ignorando os fatores gerais que constituem o seu gosto para dar atenção unicamente aos gráficos. Minha preocupação não tem nada a ver com "todos irem pro PC e os consoles acabarem", nada disso. Me preocupo é com a alienação que o pessoal está tendo com os gráficos, numa época em que os jogos nunca foram tão bonitos.

Most Wanted
Essa alienação, que muitos julgam ser boa para a indústria dos videogames, pois fará as empresas lançarem jogos com gráficos cada vez melhores, na verdade é negativa, pois acarretará numa igual preocupação extrema das empresas com os gráficos, diminuindo a importância dada por elas para fatores como jogabilidade, desafio, inovação, etc. Esta última, inclusive, foi deixada quase que totalmente de lado com a chegada da nova geração de consoles, ao ponto de as empresas, enquanto nos anúncios de suas novas plataformas, darem destaque à resolução que os jogos terão nos novos consoles ao invés das novas possibilidades de jogo que eles oferecem. Sim, agora você interage com o game falando com o Kinect, usando o touch do Dual Shock 4 ou então a segunda tela do Wii U, mas isso quase não teve importância se comparado ao "auê" dos novos gráficos que essa geração irá nos trazer, que pra falar a verdade, por enquanto, são praticamente a mesma coisa. Um amigo meu comprou um Xbox One, fomos jogar Watch Dogs nele e, falando sério, é a mesma coisa do PS3 só que um pouco mais nítida e com VSync (a versão do game para os consoles de 7ª geração não apresenta o recurso). E se você for olhar para trás, verá que nas gerações passadas, o "auê" para os novos gráficos que elas trariam também foi grande (afinal nós gamers sempre queremos jogos mais bonitos), mas foi tão grande quanto as possibilidades do controle de três cabos do Nintendo 64, tão grande quanto o surgimento do Dual Shock para o PlayStation, tão grande quanto o deslocamento rápido pela tela que o Mega Drive era capaz de aguentar com o Sonic, tão grande quanto tudo isso, não mais que isso. E hoje é o oposto.

Muitos podem alegar o contrário, mas o fato é que a indústria dá aos jogadores o que eles pedem. Sempre deu. Afinal não dá-los o que pedem poderia levá-las a possíveis falências, e falir é a última coisa que elas querem. Então elas fazem o que pedimos. Existe Satoru Iwata, existe Satya Nadella, existe Kazuo Hirai, mas quem manda nas empresas de games de verdade, somos nós, gamers. Pense comigo, quem assiste à Globoà noite quer ver o quê? Novelas. Então a Globo exibe novelas. Os telespectadores assistem, gostam, e pedem por mais novelas. A Globo dá mais novelas. Agora, a Globo experimenta exibir uma cena de sexo em suas novelas. Quem acompanha as novelas, gosta da cena. Nas novelas seguintes há mais que uma cena de sexo, os espectadores gostam, pedem mais e a Globo vai dando. Assim que a bola de neve cresce. Com os games é a mesma coisa. Sutilmente, as produtoras tentam nos hipnotizar com belíssimos gráficos, gostamos e pedimos por mais. E elas nos dão mais games com belíssimos gráficos. Nós gostamos e queremos mais, e assim sucessivamente. Mas eu insisto em acreditar que nós gamers não somos tão burros como quem assiste às novelas da Globo, e portanto, somos perfeitamente capazes de exigir muito mais que apenas gráficos bonitos, e de sermos tão críticos para jogabilidade, enredo, diversão e o que pode melhorar nos jogos no geral, como somos para gráficos.

Far Cry
Não me interprete mal, pois não quero, de maneira nenhuma, dizer que não devemos nos importar com gráficos. Inclusive, considero a tal frase "Se quer gráficos realistas, olhe pela janela" uma completa bobagem. Se não nos importássemos com gráficos, estaríamos jogando games de 8 bits ainda hoje. Não tem nada de errado em exigir jogos cada vez mais bonitos. O que não podemos é exigir só isso e nos esquecermos de todo o resto, afinal, estamos falando de videogames, e não de filmes feitos em computação gráfica.

Originalmente publicado emFórum The Triforce Alliance - Woooow! Nice graphics!.

por Tchulanguero sobre Escrito do Leitor em 10/09/2014 às 08:29:41 veja no site

Butecada Da Vez - Nº 11: New Super 3DS Color

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Uma revisão do portátil? Uma nova versão? Ou simplesmente mais um modo de faturar uma graninha as custas dos jogadores?

Se tem uma empresa que sempre está em pauta aqui, ou em qualquer outro canto da internet, é a Nintendo. As vezes por um jogo muito bacana que ela lança, outras por uma novidade que apresenta... mas boa parte das vezes, por conta de suas decisões bizarras, que enfurecem os que gostam dela e dá ainda mais munição para os que defendem a extinção de tão tradicional empresa. E por esses dias não foi diferente, a Big N aprontou mais uma das suas. Como quem não quer nada, anunciou um novo modelo de 3DS, redesenhado, com botões coloridos ao estilo "Super Famicom", o tão pedido segundo "analógico", 3D melhorado e mais poder de processamento para deixar o sistema mais suave. Até este ponto nada demais, já estamos acostumados com isso no mundo dos portáteis, e em menor escala, no mundo dos consoles também. Mas então veio a surpresa: o aclamado RPG de Wii, Xenoblade Chronicles, um dos poucos jogos em que o termo "raro" se aplica verdadeiramente, vai ganhar uma versão para o portátil! Legal né? Mais ou menos, porque ele só irá funcionar no novo modelo! Sim, se você acabou de comprar um 3DS, ou já tem um, e gosta de um bom JRPG, a Nintendo manda um "perdeu playboy" bem na sua cara. Agora fica a duvida se isto irá ser uma tendência, e que cada vez mais jogos exclusivos, principalmente os de peso, sejam lançados somente para o novo modelo, deixando os donos dos antigos na mão, e até mesmo uma paranoia de que isso também seja feito com o Wii U. E nós como antenados que somos, não poderíamos ficar de fora do assunto e dar a nossa opinião sobre, não é mesmo? Então vejamos o que os butequeiros mais descolados da internet videogamamística tem a dizer...

SomariSomari

A Nintendo tá repetindo a novela. Afinal, isso já aconteceu com o DSi antes. A versão melhorada da primeira geração de console de duas telas teve aproximadamente três jogos lançados exclusivos para ele (em cópia física, ok?). Reclamaram disso? Sim, reclamaram. E acredito que a Nintendo tenha aprendido a lição. Entretanto os jogos lançados para ele são aqueles jogos que não fazem diferença para os jogadores em geral, sendo mais para mostrar o que o DSi podia fazer (no caso, ambos os jogos utilizavam a câmera em seu gameplay). A grande sacada do DSi, porém, foi sua loja virtual. E acho que o New 3DS poderia fazer o mesmo.

Sendo o caso, com processador melhorado e mais funcionalidades, o New 3DS poderia ter uma seção no eShop somente para ele que aí sim seria melhor para o público em geral. Afinal, jogos lançados em mídia física para um modelo específico do 3DS o tornaria um novo console, e com apenas quatro anos no mercado faz com que o portátil da Nintendo esteja muito novinho para ser trocado, visto também a quantidade de jogos que já se tem lançado e pela quantidade de coisa que está para vir, é muita imprudência a Nintendo fazer isso. Ou seja, não se preocupem, pois o New 3DS não vai tomar o lugar de ninguém.

O mesmo vale para o Wii U: mesmo que esteja vendendo abaixo do esperado, a Nintendo não vai fazer uma atualização agora para os donos antigos se ferrarem.

Versões novas de consoles com melhorias não é novidade e isso desde sempre. Seja pela estética ou por funcionalidades, elas já existem há anos e as pessoas compram (ou não) por conveniência. O Famicom AV, Sega CDX, PC Engine Duo, Neo Geo CDZ, e o PSP Go são exemplos disso. Consoles com hardware melhorados, mais funcionalidades ou maior praticidade, mas que não bifurca o mercado para jogos lançados antes e depois do lançamento do novo aparelho. No novo Nintendo, o nome pode até ter um "New", mas ainda será um 3DS.

Em tempo: Nintendo, inaugure uma nova área no eShop exclusivo para New 3DS (e para o Wii U também) com jogos do GameCube, tá!? Vou ficar feliz em poder jogar F-Zero GX, Mario Sunshine e Metroid Prime num portátil. ;)

sucodelarAngelaSucodelarAngela

Olha, esse tema se encaixaria muito bem como uma continuação da Butecada Da Vez - Nº 10: A Preguiça Da Indústria‏ - pra quê quebrar a cabeça pensando em um console realmente diferente, se podemos pegar esse que já existe e fazer umas firulas? Eu não sou a melhor pessoa pra falar da Nintendo, mas como o Somari bem disse ali em cima, ela está se repetindo, fazendo o que já fez com o DSi. E aí eu me pergunto uma coisa: O 3DSé relativamente uma criança ainda, foi lançado só em 2011, será que havia realmente a necessidade de lançar um "novo" portátil? Vamos por partes: botões coloridos old style não são emergência, isso poderia ter esperado algo mais notável da Big N, não? Alguém realmente compraria uma outra versão de seu 3DS por causa disso? I don’t think so...; O Segundo Analógico é compreensível, a Nintendo certamente recebeu várias súplicas por essa adição aos seus consoles, assim como a Sony com seu PSP. Mas ainda assim, foram 6 anos de diferença entre esses dois, sendo o PSP muito bem aproveitado em seu tempo e com melhorias bem mais significativas entre ele e seu sucessor, o Vita; 3D melhorado? Também não acho que se torna um grande chamariz pro novo 3DS, mas melhor processamento sempre é bem vindo.

O que realmente pega mal pra Big Né que ela resolveu lançar exclusivos para seu novo console. Pior ainda por se tratar de Xenoblade Chronicles, já começou com o pé errado? Um port dele para o "antigo" 3DS seria algo tão incompatível para ser descartado? Com certeza, não. É apenas jogada de marketing para alavancar as vendas do novo portátil, algo como a Microsoft pegando [riso histérico]exclusividade temporária de Rise of the Tomb Raider[/riso histérico] pra melhorar as vendas do XOne. Mais uma vez, tome o PSP como exemplo: por mais que houvessem várias versões do portátil da Sony (séries 1000, 2000 e 3000), os jogos eram compatíveis com todos eles, não havia restrição.

Então, qual é a sua Nintendo? Você realmente precisa disso? Acho que não, hein...

Professor João RobertoProfessor João Roberto

E lá vamos nós...

Puxa, Nintendo, odeio quando falam mal de você, mas às vezes não há o que fazer...

Vejamos a seguinte situação: Você está louco para comprar certo portátil em 3 dimensões, mas a grana está curta, principalmente se você levar em consideração os jogos que deseja comprar. Aí vem a empresa que fabrica tal portátil e anuncia um novo modelo do mesmo, com algumas melhorias técnicas. O que você pensa? "Opa! Agora o modelo anterior terá um preço bacana, já que a procura por ele será menor". Ledo engano, jovem aprendiz Padawan, já que o "novo" portátil terá certas especificações que tornarão impossível jogar certos títulos vindouros. Xenoblade? Esqueça, o modelo antigo não rodará... Se ferrou, meu filho!

Sério, já vimos algo assim acontecer, claro que não por atualização de modelo, e sim, por conta das capacidades técnicas de certos jogos, que seriam impossíveis de serem jogados caso o aparelho não tivesse um "upgrade". Me refiro ao Nintendo 64, cujo aparelho não sofreu atualização alguma, mas certos jogos não rodavam sem o Expansion Pak. Será que o "novo" 3DSé tão superior assim ao modelo atual que não há como solucionar esse problema? Posso chamar de problema?

O segundo analógico é fácil de entender, afinal, até um analógico foi vendido separadamente. Botões coloridos? Sério que isso é para mostrar a "novidade" do aparelho? Toda hora sai um modelo de cor diferente. Aliás, a Nintendoé a mais perfeita caça níquel neste quesito, uma vez que todos os seus portáteis são vendidos nas mais diversas cores, sejam modelos simples, sejam edições especiais, como o Game Boy Color com tema Pokémon. Falando nisso, eu gosto muito dos modelos transparentes. Queria um Wii assim...

Na boa, eu acho que daqui a um ano ninguém mais vai falar nisso...

Em tempo, se o modelo anterior não rodará alguns jogos, o que dizer do 2DS?

TchulangueroTchulanguero

Olha, o que a Nintendo não sacaneia os consumidores em conteúdo de jogos, ela sacaneia em hardware. Jogos exclusivos para Game Boy Color, jogos de Game Boy Color com áreas acessadas somente através de um Game Boy Advance, expansões obrigatórias para determinados jogos... tudo isso faz parte da história da empresa. Então quando o anúncio do New 3DS foi feito, eu só consegui pensar que isso é uma "sacanagem previsível". Ela já havia feito exatamente o mesmo com o DSi, a diferença é que antes foi com alguns jogos de menor expressão e agora estão fazendo com um altamente aclamado pelos fãs. Para quem não curte um JRPG que te exige inúmeras horas de jogatina, nada demais, mas com certeza tem muita gente chorando pelos cantos por não poder jogar Xenoblade sem ter que trocar de aparelho. Se isso vai virar padrão nos jogos daqui para frente? Eu sinceramente acho que não. Xenoblade não está rodando muito bem nesse port, mas creio que foi mais uma coisa de "portar rápido", tenho certeza que o jogo poderia ser bem adaptado para a versão antiga sem maiores problemas. E nós sabemos bem, quando a Nintendo quer, ela tira leite de pedra dos seus consoles. Sobre isso alcançar o Wii U, acho mais difícil ainda, uma vez que boa parte dos títulos de grande expressão já estão em desenvolvimento para ele e por mais que o pessoal chore a respeito, o hardware do U não parece ser um gargalo no desenvolvimento dos jogos vindos de Kyoto. O que provavelmente irá acontecer é o anúncio de um modelo sem retrocompatibilidade com o Wii e um HD bem maior do que os atuais 32 Gb, de modo a manter o mesmo preço. Infelizmente a nova versão do portátil provavelmente irá vender horrores, e é por isso que a Nintendo, geração após geração, continua com essas políticas de lançar atualizações desse nível, porque vende.

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E vocês, o que acham disso? Vão comprar o New 3DS? Ou vão jogar o 3DS na parede em protesto? Se forem jogar na parede, não façam isso... me mandem! Mas aproveitem de qualquer forma e deem a sua opinião! Se quiserem sugerir novos temas para as butecadas, mandem um e-mail para butecada@vaojogar.com.br com as suas sugestões ;)

por Tchulanguero sobre Butecada Da Vez, Xenoblade Chronicles, Xeno, Nintendo 3DS em 12/09/2014 às 08:24:59 veja no site

What The Shit?!

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Não, leitor, você não está enganado! Por mais que este post tenha o Selo Somari de Qualidade, quem vos escreve nesse momento é a SucodelarAngela, e hoje eu trago pra vocês um pouco da bizarrice gamística que é sucesso lá no Japão!



Não sei se repararam, mas essa semana fomos ~agraciados~ com uma super novidade japonesa: o Boobie Squeezing Simulator. Pode parar de rir, isso é sério, cara! Seguinte: o objetivo do jogo é apalpar as tetitas da personagem do jogo e ver as reações dela. E só.

youtube.com/watch?v=kHO-bYFWFNI
E foi assim, inspirada nesse futuro GOTY, que resolvi mostrar pra vocês alguns dos jogos mais estranhos que já surgiram neste universo e que vão fazer você querer jogá-los jogar qualquer outra coisa que não seja eles (ou não). Senta aí, respira fundo e tenta acompanhar até o fim.

Hatoful Boyfriend

Você gosta de jogos com ramificações de enredo, com diversos finais? Gosta de simuladores? É uma pessoa romântica? Então Hatoful Boyfriendé o jogo ideal pra você, mon ami! Essa maravilha dos PCsé uma visual novel onde você controla uma adolescente humana, a única a frequentar o St. PigeoNation’s Institute, uma escola de elite para pássaros. Em meio aos estudos, você pode fazer muitas amizades e até mesmo encontrar o pombo dos seus sonhos! Sim... o pombo...

Hatoful BoyfriendInteresting fact about doves.
Você pode utilizar suas aulas para aumentar certos atributos, como Carisma (na aula de música), Vitalidade (na educação física) e Sabedoria (nas aulas de matemática), o que pode te ajudar a conquistar aquele pombinho quente da escola. Basicamente, a jogabilidade se define por escolher as opções de diálogo com o mouse, e o jogo tem até 13 finais diferentes (14, se você jogar o remake que saiu agora dia 04/09). Interessantemente, o jogo recebeu críticas muito boas pelo complexo enredo que possui, tanto que teve até uma Webserie lançada em Outubro do ano passado no Japão. Interessado? É só ir lá na Steam!

Seaman

Esse é mais um jogo para os amantes de simulação, principalmente para os amantes dos animais (e também pra quem teve um Dreamcast e nunca usou aquele microfone dele). A coisa aqui é muito simples: você recebe a missão de cuidar e aprender sobre o Seaman usando um laboratório. Você tem que descobrir tudo que há pra descobrir sobre a espécie, os cuidados a serem tomados, a temperatura certa da água, etc., e ainda recebe orientação da narração do jogo, feita por Leonard Nimoy, olha que bacana! A bizarrice do jogo está no simples fato de que você cuida de um peixe com a cara de humano que conversa com você, te faz perguntas íntimas e, vejam só, até te insulta de vez em quando!


Então, se você cuidar direitinho do seu peixe, ele poderá passar por vários estágios de vida até chegar na fase adulta - o Frogman (de peixe pra sapo, wtf?) - quando você poderá soltá-lo na natureza pra seguir seu rumo. The Sims 3 Pets? Que nada, isso é fichinha perto de Seaman!

Toilet Kids

Acho que já dá pra imaginar o foco desse jogo só pelo título, não? Toilet Kids trata da história de um menino que acorda no meio da noite pra dar aquela aliviada e é simplesmente chupado pra outro mundo através de sua privada, onde deverá enfrentar o mictório do mal. O game é um Shoot’em Up lançado para Turbographx 16 em 1992, e todas as quatro (uau!) fases tem ambientes, inimigos e tudo mais inspirado em cocô.

O jogador ganha alguns poderes que, basicamente, consistem em atirar balas para acertar inimigos no ar ou lançar bombas em inimigos na superfície. Nem preciso dizer o que esses inimigos tentam atirar em você, não? O jogo em si é bem curtinho, mas o que realmente me impressionou foi a obsessão dos caras por cocô e a criatividade que tiveram com a variedade de inimigos inspirados nesta matéria fedida: tem tartaruga com casco de cocô, tem avião em formato de homem agachado com a bunda de fora, tem colmeias em forma de cocô e privadinhas que cospem bolinhas de cocô em você. Acha que é exagero? Olha o gameplay completo do jogo e tenta encarar:

youtube.com/watch?v=PUcUj6fin_4
Boong-Ga Boong-Ga

E agora a gente sai do cocô e vamos falar da bunda em si. Boong-Ga Boong-Gaé um arcade game desenvolvido pela TaffSystem em 2001 e tem a honra de ser o primeiro simulador de dedadas. Sim, é isso mesmo que você leu. O jogo é um simulador de kancho - uma "pegadinha" japonesa que consiste em cutucar o furico de alguém com dois dedos enquanto a pessoa está distraída. Aprenda:

youtube.com/watch?v=o2FReiTzqEM
O objetivo de Boong-Ga Boong-Gaé fazer a maior pontuação com o kancho em um protótipo de bunda de plástico existente na máquina do jogo. Tem até os dedos de plástico pra você usar. Você pode escolher dentre 8 personagens diferentes para dedar: Ex-Girlfriend, Ex-boyfriend, Gangster, Mother In Law (haha), Gold-digger, Child Prostitute (wat?), Child molester (omg) e Con-artist. Aí é só escolher um, dar a dedada, ver a cara de sofrimento deles e curtir a pontuação que você fizer.


O jogo ainda libera uns cartõezinhos com sua classificação de "comportamento sexual" e, se você fizer uma pontuação bem alta, pode receber um troféuzinho de plástico no formato de um monte de cocô.

RapeLay

Ok, agora o papo é sério. RapeLayé um eroge 3D lançado em 2006 para PC que acabou causando muuuita polêmica, chegando a ser proibido em vários países, até mesmo naqueles bem cool quanto à conteúdos gamísticos, como a Argentina. Sabe porque? O jogo trata de um personagem cuja missão é estuprar uma família composta de uma mãe e suas duas filhas. Ainda tem que forçá-las a abortar caso engravidem. Com certeza, a combinação de estupro, aborto e pedofilia em um jogo só não seria bem visto, né?

Durante o jogo, você pode escolher várias opções de posições sexuais, como felação, masturbação, "de quatro", cowgirl e sexo grupal, isso tudo num estilo The Sims de controlar ações e movimentação de câmera. O jogo possui vários modos e não possui final, apesar de haver duas possibilidades de você conseguir um game over: se você não abortar o bebê, caso uma das garotas da família engravide; ou se você colocar uma das personagens em específico na posição cowgirl.


Mesmo com todas as polêmicas e denúncias ao redor do mundo, muitos artigos de defesa foram escritos. A empresa que desenvolveu o jogo, Illusion, afirmou que RapeLay não infringia as leis japonesas e que não era vendido fora do Japão (internet tá aí pra isso mesmo), mas mesmo assim, ela removeu referências ao jogo de seu site e parou a distribuição de RapeLay. Para os interessados (eu espero não conhecer nenhum), há link de download via torrent na Wikipedia.

E então? Ficaram curiosos em experimentar alguma dessa iguarias gamísticas japonesas? Se sim, ligue seus botões de nonsense, escolham o seu favorito e Vão Jogar!

por sucodelarAngela sobre Papo Livre em 19/09/2014 às 08:32:33 veja no site

Minha Linda Coleção De Cartuchos De Videogames Super Raros Que Eu Não Sei Aonde Guardo

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Do céu ao inferno, um pouquinho sobre colecionismo.

Chegou uma certa época da minha vida em que resolvi compensar todos os anos em que eu não tive um videogame e de tabela deixei de jogar várias coisas bacanas. Comecei no Dreamcast, e por conta dele montei o Vão Jogar! (na época Todos Merecem Sonhar), depois veio o Game Cube e mais outro, e mais outros, até que...

Coleção do TchulangueroVirei um colecionador!
Pois é, minha história não é diferente da de muitos, algumas coisas que eu queria eu comprei, outras apareceram por acaso com preços tão convidativos que eu não resisti, algumas eu ganhei de amigos ou de minha ex-esposa, e um bocado o Professor João Roberto me "obrigou" a comprar, rzs. Aliás, João, tira o olho dos meus jogos! Mas eu sempre tive um objetivo muito claro, que é o de jogar coisas boas que eu não pude jogar em sua época, em seu estado mais puro, ou seja, nada de emuladores, ter aquela sensação de pegar o cartucho, colocar no console e jogar na boa e velha tubão de 29". E é aqui que eu começo a me diferenciar um bocado da maioria dos outros colecionadores, afinal...

EU COMPRO PARA JOGAR

Podem notar lá na foto que praticamente nenhum cartucho meu tem caixa, não há nenhum item realmente raro, e mesmo coisas como o Game & Watch Donkey Kong (quebrado, infelizmente) e o TV Game (Atari 2600 genérico), só fazem parte da coleção porque vieram parar em minhas mãos a muitos anos por um acaso, então não faz sentido me desfazer deles justo agora, não é mesmo? O fato é, como eu disse acima, o foco da minha coleção é o jogar. Então a minha prioridade é muito mais com relação a condição do cartucho ou disco, e se eles estiverem funcionando corretamente já está valendo. Claro que se eu estiver atrás de um jogo e eles estiver na caixa, com manual e tudo mais, ótimo, mas não é essencial. Anos depois que eu fui descobrir a palavra "loose", que é o nome dado a esses jogos "incompletos". Sim, podem chamar a minha coleção de "loose".

Por esse mesmo motivo é que dificilmente vocês irão ver em minha posse algum, sei lá, Jaguar ou 3DO, afinal, ter todo um esforço em conseguir um console que só vai me oferecer uns poucos jogos ou até mesmo nenhum, apenas para servir de troféu? Não obrigado, já basta o meu Saturn com quase nenhum jogo, mas por outros motivos, já falo deles abaixo. E sinceramente, ultimamente ando ponderando bastante a respeito de adquirir ou não a dupla NES & Master, tem um tempo já que descobri que não tenho muita paciência para grande parte dos jogos da geração 8-bits, salvo os grandes clássicos.

Porém vejam bem, eu não estou criticando aqueles que colecionam apenas jogos completos e ficam correndo atrás de raridades. Por favor, já vi várias coleções que são de encher os olhos de lágrimas. Estou apenas dizendo que esse não é o meu objetivo como colecionador, e é este o problema que eu vejo com a maioria dos colecionadores: eles não tem objetivo. Não é de hoje que o "retrô" virou moda, e é bem fácil o cara se empolgar e acabar saindo comprando tudo que apareça pela frente. Porém podem notar, a grande maioria dessas pessoas não joga nem metade do que comprou e mal tem espaço para guardar tanto jogo, que dirá deixá-los expostos em algum lugar da casa. Pior, tem alguns que prezam apenas pela quantidade e ainda tentam menosprezar outros colecionadores, como se eles fossem os verdadeiros e os outros apenas acumuladores de cacarecos. Sério, eu não me assustaria se do nada surgissem os termos "hardcore collector" e "casual collector". Então conselho do Tchulanguero para colecionadores novatos: tenham um objetivo para a sua coleção... sempre! Até porque...

VIDA DE COLECIONADOR NÃO É FÁCIL

Acreditem, apesar de gratificante, as vezes a vontade que tenho é de vender tudo de tanto trabalho que dá... ok, passa em cinco segundos, mas acontece, rzs. O fato é que manter uma coleção, independente dos itens que compõe ela, é complicado. O primeiro problema é a clássica falta de espaço. Se você mora com os seus pais não acha que está na hora arrumar sua própria casa não vagabundo? provavelmente terá apenas uma estante no seu quarto, o que vai deixar de ser suficiente muito rápido. Se for casado, torço para que não more em apartamento e tenha uma esposa bem compreensível. Solteiro morando sozinho é mais tranqüilo, mas ainda sim é foda ter que ficar passando cabo pra lá e pra cá na hora de jogar, afinal o número de consoles ligados a uma televisão simultaneamente é limitado, não é mesmo? Eu mesmo passo por esse problema, embora espero resolvê-lo até ano que vem, com a construção de uma super estante, em um esquema parecido com o que aquele camarada do Cosmic Effect fez, só que menos vitrine.

Cosmonal e o Super ConsoleCosmonal e seu Super Console
Mas mesmo que espaço não seja um problema para você, ainda terá que enfrentar o tráfico de jogos. Sim, pois como eu já disse, após o "retrogaming" ter virado moda, criou-se uma máfia dos jogos usados que é um verdadeiro inferno na vida de qualquer colecionador. Quem nunca se deparou com aqueles anúncios do Mercado Livre com Super Nintendo sendo vendido a preços exorbitantes só pelo fato de estar na caixa, ou jogos como Xenoblade Chronicles, que foi lançado a poucos anos, mas por conta da baixa tiragem é vendido duas ou três vezes mais caro que um jogo novo de console atual? Jogos de Saturn então? Prepare o bolso! E saibam que isso não é exceção, é a regra. Eu mesmo, por mais fã de Metroid que eu seja, desisti a muito tempo de comprar Metroid Prime Trilogy por conta desses valores, estou feliz em ter os três jogos separados e a integridade de minha carteira intacta. Sim, porque aceitar esses valores exorbitantes, é aceitar que isso é normal e permitir que esse povo continue fazendo a festa. Sério gente, parem de comprar caixa de papelão a preço de jogo novo... literalmente!

Caixa de Snes Sendo VendidaPois é...
Fora que como se não bastasse ter que se preocupar com preço e torcer para aquela parte do anúncio que diz "sem arranhões" ser verdadeira, ainda tem muito vendedor que relacra o jogo só para subir o preço ou então os que vendem jogo falsificado como se fosse original. Olha, vou dizer que depois de ter levado muito na cabeça por conta disso e ter pegado vários macetes, chuto que 90% dos jogos de GBA vendidos por aí são falsificados.

SE PREOCUPEM MAIS EM JOGAR

Eu já sou um caso sem solução, já falei disso antes. Eu gosto de cartucho, gosto de comprar mídia física, gosto de caixinha, gosto de manual... mas sério, em termos práticos isso não passa de uma romantização da parada, tal como ocorre com livros e filme. Apesar das problemáticas envolvendo posse, não tem como negar que atualmente é muito mais prático você investir em um console com HD grande e entupi-lo de jogos, sejam atuais ou velhos. Não tem problema de espaço, não tem que negociar com um terço na mão e não tem que ficar na expectativa do carteiro ter vindo chutando ou não o seu embrulho. Então o que eu digo é, se você está pensando em entrar nessa vida de coleção, pare, porque depois é caminho sem volta. Afinal, o importante é se divertir jogando, não é mesmo? Então não importa se é cartucho, disco ou uma entrada de menu no console, escolham o seu jogo favorito e Vão Jogar!... agora deixa eu ir ali atender a campainha, deve ser o carteiro chegando com alguma encomenda...

The Last Story- Rá! Mas um desses não tem disponível via download! :P

por Tchulanguero sobre Papo Livre em 26/09/2014 às 07:59:44 veja no site

Por Detrás Da Máscara De Majora

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A verdadeira história está nas entrelinhas.

Existem séries que são adoradas merecidamente por grande parte dos jogadores. Dentre os diversos títulos dessas séries, normalmente você tem ali alguns que são os preferidos desse público. E dentre as várias séries que se enquadram nesta descrição, existe uma que eu gosto muito e que por pouco não é a minha predileta: vocês sabem que eu estou falando de Zelda. E sempre que se falar de Zelda, alguém irá lembrar do grande clássico Ocarina Of Time. Não há como negar, a primeira aventura 3D de Linké não somente um dos jogos mais bem feitos em TODOS os sentidos, como também foi o jogo que junto com Super Mario 64 definiu para o mercado como trabalhar em três eixos. Então vejamos, um jogo extremamente bem feito, de peso histórico e ainda por cima com um enredo que gira em torno da gênese de um mundo extremamente adorado por muitos: como eu disse, o mérito é inegável. Mas apesar de tudo isso, eu não tenho OoT como o meu título preferido da série, e sim um outro que junto com Twilight Princess encabeça o primeiro lugar: Majora’s Mask.

Majora’s Mask
Apesar de recentemente ter se criado muito burburinho em torno desse título, a verdade é que por muitos anos ele foi de certa forma tido como um patinho feio da série, uma sombra de seu grande antecessor. E não importa com qual outro título vocês façam a comparação, MMé muito diferente dos outros Zeldas. Não estou falando de mudanças mecânicas, como a que ocorreu do primeiro para o segundo jogo, lá no Nintendinho, muito pelo contrário, os gráficos, músicas, jogabilidade e tudo o que compõe a parte técnica são idênticas a OoT, quase uma cópia mesmo. Salvo a adição das máscaras e o lance de voltar no tempo, vocês terão uma experiência mecanicamente muito semelhante. Mas não é isto que torna MM tão bom.

Vocês devem estar um pouco perdidos agora, não é? Pois bem, vamos pelo começo então. O jovem Link, o mesmo que salvou Hyrule em OoT, estava cavalgando em sua égua, Epona, por uma floresta a procura de uma velha amiga desaparecida. Aparece então Skull Kid, um espírito brincalhão que lhe rouba a Ocarina do Tempo e vai embora junto a Epona. Durante a perseguição para recuperar ambos, Link acaba indo parar em outra dimensão e é transformado em um ser meio planta chamado Deku Scrub. Como desgraça pouca é bobagem, além de se ver preso em uma dimensão paralela e transformado em um bicho praticamente inútil, Link também descobre que aquele mundo está para ser destruído em três dias, esmagado por uma lua muito mal encarada... literalmente.

Deku Link
Se vocês fizerem uma comparação direta com OoT, é óbvio que MM tem uma premissa muito mais simples. Mas o que torna este título tão especial é como esta história se desenvolve. Ocarina Of Timeé um jogo feito para ser épico. É a história de uma criança que não é totalmente aceita pelos seus pares e que após uma longa jornada em um mundo fantástico se torna um herói. Já Majora’s Maské muito mais sobre o lugar aonde Link está do que sobre ele mesmo. O personagem principal não é o próprio Link, a Lua ou Skull Kid, e sim o mundo de Termina, mais precisamente a cidade central do jogo, Clock Town.

Clock Town
Como eu já disse antes, Termina está para ser destruída em três dias esmagada por uma lua gigante, mas logo no princípio do jogo é introduzida a mecânica de voltar no tempo. Hoje eu não quero entrar em detalhes de jogabilidade, apenas saibam que a qualquer momento vocês podem voltar para o primeiro dia e evitar o destino trágico do lugar. Pois bem, uma das maiores sacadas desse jogo é justamente a forma com que ele lida com isso. Todas as pessoas que vocês encontram cumprem uma determinada rotina, o que é muito claro em Clock Town. Carpinteiros trabalham nos preparativos do Carnaval que irá acontecer em três dias também, o carteiro entrega as correspondências, comerciantes trazem itens de longe, artistas ensaiam suas apresentações, soldados discutem sobre a segurança dos habitantes com o prefeito... sim, esse é de longe o Zelda mais "vivo" de toda a série, e diria que mesmo comparado a grandes jogos modernos, não faz feio. Embora a ideia de voltar no tempo e ver todos sempre fazendo as mesmas coisas possa parecer enfadonha, conforme a história progride, novos itens são adquiridos e permitem interferir nessas rotinas, o que permite conhecer melhor cada um daqueles personagens e suas respectivas histórias, tornando no geral Majora’s Mask um jogo muito mais interessante, principalmente quando se analisa tudo com uma visão além jogo.

O maior exemplo disso é vocês pensarem que ao utilizar a ocarina e voltar no tempo, embora Link se salve movendo-se dentro do fluxo temporal, para todas as outras pessoas daquele mundo a lua continuou caindo até destruir e matar a todos. Claro que em nenhum momento isso é dito de forma explicita, mas é o que acontece. Aliás, morte é um tema muito recorrente em Majora’s Mask. E existem diversas outras pequenas histórias no jogo, que eu não irei contar para não estragar a surpresa de quem nunca jogou, mas que quando vocês analisarem um pouco mais perceberão que são trágicas, tristes ou emocionantes, em um nível que nunca mais vi em qualquer outro Zelda ou muitos outros jogos atuais.

Por esse motivo é que eu considero tão importante coletar todas as máscaras neste jogo. Claro que em termos de jogabilidade vocês podem pensar nelas apenas como itens que dão poderes, permitem que executem alguma ação específica, ou lhes transformem em alguma criatura diferente. Eu concordo que poder jogar como um Goron ou Zoraé algo extremamente divertido, mas é que toda máscara representa uma história também, inclusive as de transformação. Não é por menos que as partes do final deste jogo sejam exibidas conforme quais delas foram pegas e só sejam completas quando todas forem coletadas.

Goron Link
Eu sinceramente não sou muito a favor de um remake de Majora’s Mask, seja para qual console for, hoje ele é um jogo que pode adquirido facilmente através do Virtual Console do Wii / Wii U, e eu preferia que essa energia fosse direcionada para o novo Zelda U. Mas por outro lado, me alegra muito os holofotes terem se voltado para ele e Anouma tenha-o tão presente assim em sua rotina. Além de toda a reformulação estrutural que a série vem precisando, acrescentar essa camada de profundidade aos personagens e mundo, vai com certeza tornar o próximo título um dos melhores, quem sabe finalmente retirando de vez o estigma de que Ocarina Of Time segue sendo o melhor Zelda de todos, simplesmente porque os outros não são bons o suficiente. Aliás, muito me estranha Anouma ter demorado tanto a rever estes conceitos, uma vez que Majora’s Mask foi justamente o Zelda em que ele começou a tomar conta da série enquanto Miyamoto se afastava da direção.

Eu sei que hoje o escrito foi bem diferente do habitual, mas é que muito mais que gráficos, som e jogabilidade, eu preferi escrever sobre o que realmente me fascina nesse jogo, e porque ele é tão diferente de todos os outros. Mas não se preocupem sobre o que eu não mencionei, toda a parte técnica é tão boa quanto o que foi apresentado em Ocarina Of Time, e se vocês gostam de Zelda não irão se decepcionar. Porém assim como muitos outros, eu também não recomendo este título para quem está começando neste universo, joguem os outros títulos antes e depois voltem neste. Então o que estão esperando? Peguem o seu cartucho dourado e sua máscara preferida e Vão Jogar!!

por Tchulanguero sobre Degustando, Majora’s Mask, Zelda, Nintendo 64, Wii em 03/10/2014 às 08:09:38 veja no site

Quando Se Joga Pelos Ouvidos

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ATENÇÃO! Este escrito possui grande quantidade de vídeos, ou melhor, de músicas. Então peguem seu headphone favorito e largue o controle de lado para aproveitar o melhor que o soundtest daquele teu jogo favorito tem a oferecer. Esse é um escrito sobre minhas ouvilanças por aí.

Esse escrito nasceu do improviso. Na verdade, eu estava totalmente sem ideias do que escrever. Estava deitado com o notebook largado no colo e ouvindo o tema de Phendrana Drifts, de Metroid Prime. Caramba, que música foda! Então pensei “ei, por que então eu não escrevo sobre minhas experiências gamísiticas... jogadas por meus ouvidos?”.

youtube.com/watch?v=ZbbUv1hz6mE
Afinal, todo jogo, qualquer jogo MESMO, não interessa qual, SEMPRE tem uma música que deixa marcado, também conhecido como “aquela música de tal fase ou de tal personagem”.

Sound TestA minha vida com as músicas de jogos já começou cedo, e como não poderia deixar de ser, foi primeiro com Sonic, o que não é muita novidade pra muita gente que me conhece por aí :P

A primeira vez que ouvi o tema da clássica Emerald Hill Zone foi incrível, mas a coisa ficou ainda mais maravilhosa quando cheguei em Sky Chase. Foi a primeira vez de fato que parei e pensei “EI, ESSA MÚSICA PODIA TOCAR NA RADIO”.

youtube.com/watch?v=0FCHk_gSwKoSky Chase: a primeira música que me fez amar esse tipo de música
Daí pra frente a coisa foi apenas melhorando. Aprendi a apreciar a música dos jogos e, junto com os rock que se ouvia na época, lá figuravam os jogos entre minhas listinhas de músicas favoritas. Tinha gente que até ria de mim dizendo que isso era bobeira! Mas não importava, pois eu era desses que gastava mais tempo no soundtest do que no jogo propriamente dito. Em Streets of Rage eu ficava ouvindo o tema do Stage8 mais do que jogava propriamente dito. O mesmo vale para o tema de Chinatown em The Revenge of Shinobi.

youtube.com/watch?v=Y5vpIpj2pHcA primeira vez que joguei essa fase, eu juro que não queria que ela acabasse por causa dessa música
Lá pelos idos de 2000, quando ganhei meu Game Boy Color, fiz dele e de Pokémon Crystal o meu primeiro aparelho de música para sair ouvindo por aí (chupa, iPod!). Lembro perfeitamente da primeira vez que cheguei na batalha contra o Lance e ouvi aquele seu tema da primeira vez.

youtube.com/watch?v=jbXOyXaJJBc
No SNES, Super Mario World já era batata. Minha prima tinha, meu vizinho tinha, meus amiguinhos da escola tinham. Todo mundo tinha, menos eu. Eu não tinha SNES, mas já conhecia tudo de cor de tanto jogar na casa de amigos e por causa disso, sempre me pegava cantarolando as músicas do Mario por aí. Aliás, no SNES o que mais me surpreendeu da primeira vez não foi Mario, mas sim Tales of Phantasia. Não foi o meu primeiro contato com um RPG, mas acho que foi a primeira vez que me apaixonei por um jogo do gênero (desculpa, Final Fantasy). Tales of Phantasia foi o jogo que mais me marcou no SNES e, provavelmente o que mais marcou meus ouvidos também. Afinal, pra um console de 16 bits que usa cartucho, uma abertura com uma música com vocais é algo que eu nunca ia imaginar que fosse possível. E não era só a abertura, pois durante o jogo sempre havia vozes para todos os lados, com ataques e tudo mais. O SNESé realmente incrível (mas eu ainda prefiro o Mega Drive).

youtube.com/watch?v=W3SA9LuqQgAA abertura mais linda do SNES que eu já vi!
Então eu descobri o SEGACD. Ou melhor, o conheci pessoalmente.

Naquela época era extremamente raro eu ver um desses (ainda hoje é, mas enfim). Eu havia visto em um folheto do Mega Drive o SonicCD figurando entre os jogos do add-on. MEU DEUS, PRECISO JOGAR ISSO.

Alguns anos depois disso, mudei de bairro e descobri um vizinho que tinha um SEGACD e um SonicCD. Finalmente eu botei minhas mãos naquele jogo.

Durante a tela de Press Start Button, o menino me disse “ei, não aperta start agora não. Espera um pouco”. Bom, se o rapaz disse isso, então é porque vai ter outra coisa sem ser a demo autoplay que sempre aparece nos jogos. Esperei um pouquinho e começou isso:

youtube.com/watch?v=EYW7-hNXZlMDaí pra frente eu descobri o poder que o CD tem sobre as músicas.
O tempo foi passando, os jogos evoluindo e a qualidade do áudio também. Os 8 e 16 bits deram lugar para os 32 e 64 bits. E lá estava eu, com o controle largado de canto, jogado no sofá e ouvindo os temas maravilhosos de The Legend of Zelda, Banjo-Kazooie, Sonic R, NiGHTS Into Dreams, Daytona e Astal. Sim, só tive Nintendo64 e SEGA Saturn (nunca tive um PS1 ): )

Irei dar um destaque especial para esse último jogo citado que, na minha opinião, é o melhor jogo do SEGASaturn que já joguei na minha vida! E o que tem a melhor soundtrack também.

Da primeira vez em que joguei Astal, já em sua abertura a minha boca caiu no chão com a qualidade, tanto do áudio quanto das imagens.

youtube.com/watch?v=FPMFlUargwoMais uma abertura fantástica pra entrar pra galeria do escrito de hoje
Astalé um jogo de plataforma para o SEGA Saturn com uma trilha sonora simplesmente fantástica. Confiram um pouquinho dessa maravilha aí em baixo:

youtube.com/watch?v=tBOuuI-htzEInto the Darkness
youtube.com/watch?v=Pp4AZvCO8mAThe Crystal Palace
youtube.com/watch?v=tBOuuI-htzESea of Clouds
No Nintendo64, é impossível falar de trilha sonora sem poder falar de Banjo-Kazooie. Esse jogo é tão... inexplicável! E suas músicas já falam do jogo por si só. Te enfiam no ambiente (no geral, todos igualmente cômicos) e tudo combina com tudo. Na minha humilde opinião, Banjo-Kazooie, juntamente com GoldenEye formam a melhor trilha sonora do Nintendão, mas não muito atrás ficam a série Zelda e Mario64.

youtube.com/watch?v=aS40K53JQIgVai dizer que isso não é carismático o suficiente? hehe
youtube.com/watch?v=ws4efU6CC4o
Já no PlayStation, console que nunca tive mas sempre joguei na casa de amigos (mesma história do SNES ali em cima), pude maravilhar meus ouvidos com jogos como Grandia, Brave Fence Musashi, Tenchu Stealth Assassins, Crash Bandicoot e por que não o remake de Tales of Phantasia? Sim, claro!

youtube.com/watch?v=2tQP3jmZ3T8Jogo lindo, OST igualmente linda!
Cheguei no Dreamcast! SonicAdventure foi o jogo, Open Your Heart foi o tema e Emerald Coast foi a fase. Assim iniciei minha vida nos 128bits. As primeiras músicas do jogo já me ambientaram com o cenário paradisíaco da fase, e tudo era muito lindo. O mar azulzinho, o céu lindo, a areia e tudo mais.

youtube.com/watch?v=Uhh8K2wJC1EAzure Blue World, tema de Emerald Coast de Sonic Adventure
Mas foi em Crazy Taxi que descobri que as músicas que eu já ouvia antes podiam sim ser misturadas com jogos. Eu nunca iria imaginar The Offspring em algum jogo na minha vida! E sim, eu joguei Tony Hawk’s Pro Skater depois de Crazy Taxi.

youtube.com/watch?v=us8OhI-OTHgaeHOOOOOOO THE OFFSPRING! AQUI É PUNK, CARALHO!
MetroidPrime foi o primeiro jogo que joguei no GameCube (em uma locadora, mas isso não vem ao caso). Já de cara a primeira música me enfiou num cenário de tensão, especialmente quando você deve fugir da Frigate Orpheon explodindo. Sabe aquela música que quando você ouve já sabe que fudeu? Então.

youtube.com/watch?v=Ep8TOBO20MYMeu... Corre. Não pense, não respire. Apenas corre.
As músicas são partes fundamentais dos jogos e, mesmo jogos ruins tem músicas fantásticas ou até mesmo o fato de você ouvir a música de um jogo que você nunca jogou já te imerge naquele universo sem você nem mesmo ter visitado aquele lugar.

Icoé um jogo lindo e eu não deveria saber disso, pois nunca joguei esse jogo. Ao invés disso, ouvi sua trilha sonora e eu sei que a arte envolvida ali é tamanha para que o jogo também seja fantástico também.

youtube.com/watch?v=frRQ0B7b9RICastle in the Mist. Uma obra de arte.
Para ser sincero, nem consegui falar de tudo o que eu gosto aqui, se não esse escrito iria ficar MUITO maior do que já ficou agora haha, quem sabe uma outra oportunidade.

Enfim, seja como for, as músicas são pontos chaves dos jogos, sendo elementos tão importantes quanto os gráficos e a jogabilidade em si. Há jogos em que as música são a principal jogabilidade, tendo destaque Dance Dance Revolution (para os mais velhinhos), Guitar Hero (pra quem teve PS2 lá pra 2005) e Just Dance (pra galera de hoje em dia). Não importa qual seja o jogo, você sempre vai ter uma música favorita dele. Então, por hoje, eu recomendo você pegar seu jogo favorito, ir nas opções e deixar o sound test rolando. Hoje eu não vou dizer Vão Jogar!, mas sim Vão Escutar!:P

Abaixo seguem algumas menções honrosas de umas (POUCAS) músicas favoritas minhas.

youtube.com/watch?v=XWVij6r4QBwYou Were There - Ico (PS2)
youtube.com/watch?v=pDyLuKaNKo8Mask of Miracles - Professor Layton and the Miracle Mask (3DS)
youtube.com/watch?v=eODArFqHbf0Planet Wisp - Sonic Colors (Wii/DS)
youtube.com/watch?v=PInuVXgxO1gMain Theme - Super Smash Bros Brawl (Wii)
youtube.com/watch?v=2V4VaqvVu5IKanto Legendary Battle - Pokémon X Y (3DS)
youtube.com/watch?v=jJthgbSQqBYAnd Then, To Coda - Solatorobo (DS)
youtube.com/watch?v=cJ8wZwBqmyoTitle Theme - Valis III (Mega Drive)
youtube.com/watch?v=-jI_NpFV70YIt’s All About You - Gran Turismo 4 (PS2)
youtube.com/watch?v=UT_IAFygwmUBreak Down - Gran Turismo 4 (PS2)
youtube.com/watch?v=cwDkutphzmUThe Last of Us - The Last of Us (PS3)
youtube.com/watch?v=NmCCQxVBfyMTetris - Tetris (Game Boy)
youtube.com/watch?v=bcZhJDUFb58Gutsy Garden Galaxy - Super Mario Galaxy (Wii)
youtube.com/watch?v=VQzgI6xJEH0Heavens Divide - Metal Gear: Peace Walker (PSP)
youtube.com/watch?v=aZezhE3lKxoSky High - Daytona USA (Saturn/Arcade)
youtube.com/watch?v=ZvJcCEKa2IoFinal of Puyo Puyo - Puyo Puyo (Mega Drive)
Compartilhem suas músicas favoritas também!

por Somari sobre Papo Livre, Astal, Banjo-Kazooie, Crazy Taxi, ICO, Metroid Prime, Super Mario World, Tales Of Phantasia, Crash Bandicoot, Pokémon, Sonic, Streets Of Rage em 10/10/2014 às 08:18:40 veja no site

Bike Rivals

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Um jogo para você se divertir em manobras malucas de moto no conforto da sua cadeira.

Bike Rivals
Desenvolvido pela Miniclip, Bike Rivalsé um jogo para celulares (Android e iOS) e PC (navegador), em que você irá testar as suas habilidades no cross por vários trajetos malucos, cheios de loopings, pedras querendo lhe esmagar na primeira oportunidade e várias outras armadilhas.

Claro que como qualquer jogo de "time trial", tudo aqui deve ser feito no menor tempo possível, e claro, sempre enfiando um "backflip" da vida no meio para deixar tudo mais emocionante. Além disso, também há um sistema de "fantasmas", para que você possa melhor o seu tempo nas pistas e conseguir rankings cada vez maiores.

Então não deixem de conferir, acessem www.tocadosjogos.com.br/jogo/bike+rivals.html e vão jogar!

por Tchulanguero sobre Publieditorial, Celulares & Outros Gadgets, PC em 11/10/2014 às 15:49:18 veja no site

Butecada Da Vez - Nº 12: Tá Fácil Demais!

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Uma discussão sobre dificuldade nos jogos e ordem de alimentos no prato.

Jogador de videogame é um povo que adora reclamar. Reclama que a resolução não é suficiente para a imagem cobrir todas as paredes do quarto, reclama que a taxa de quadros não é vinte vezes maior do que o olho dele consegue perceber, reclama que jogo tal não vai sair para a plataforma preferida dele. E se o indivíduo tiver trinta anos ou mais, aí é rabugice pura! Vai falar que bom mesmo era na época do SNES e Mega Drive, que jogo atual é tudo uma merda e que não tem dificuldade nenhuma. Então nós fazemos essa pergunta nada original, mas sempre interessante: os jogos modernos são realmente tão mais fáceis assim ou será que simplesmente hoje temos mais habilidade? Isso torna os jogos atuais piores? E o mais importante, quem vai por cima, arroz ou feijão? Então agora com a palavra, os rabugentos!

sucodelarAngelasucodelarAngela

Olha só, eu acho que é cada coisa no seu lugar... Antigamente, os consoles não tinham toda a capacidade que seria necessária para fazer jogos mais realistas - tanto em gráficos quanto em jogabilidade mesmo, então acho que a dificuldade maior era uma forma de criar um desafio a mais para compensar isso. Imagina um jogo onde você praticamente só pula, como Mario, com uma dificuldade moleza, qual seria a graça de se jogar isso? Hoje já é diferente, é tudo mais realista e creio eu que as devs tenham uma preocupação maior em ter uma jogabilidade que acompanhe o avanço gráfico. Imagine você jogando, sei lá, um Battlefield da vida, com munição de bolinhas coloridas, dando cambalhotas por cima dos tiros dos inimigos e pegando itens com asinhas que surgem flutuando no ar? Ok, vamos fingir que isso não pareceu divertido. Pareceria irreal ao que o jogo proporciona aos olhos, logo pede-se algo mais elaborado também na forma de jogar. E acho que a dificuldade dos jogos atuais está nisso, em você montar estratégias e sua própria forma de utilizar o que o jogo te oferece. Vou contar um segredo aqui: geralmente, nos jogos tem uma opção chamada Difficulty (ou algo do tipo), onde você pode escolher a dificuldade do jogo. Legal, né?

SomariSomari

Vou ser direto na resposta dessa vez: a culpa é da pouca variedade de jogos jogados pela galerinha de hoje.

Eu admito que sou desses chatos que preferem mais as gerações antigas do que as novas e vejo muito hoje em dia a galera jogando jogos de gêneros muito específicos e deixando a diversidade de lado. Desse jeito mesmo eles não vão aprender a apreciar a variedade de jogos que existem por aí. E isso faz com que as devs deixem de lado muitos jogos excelentes em prol do que só anda dando na moda do mercado. Crash foi um exemplo de vítima disso.

Lógico, não vou dizer que vou dar um Megaman de NES pra um garoto de hoje jogar. É pra isso que existem os remakes, afinal. Os jogos antigos repaginados para atraírem as novas gerações de jogadores acabam não se saindo bem por serem relativamente "difíceis". Duck Tales Remasteredé um exemplo disso, onde teve uma mídia "especializada" falando mal do jogo só por ele ser difícil. Fala sério!

Amiguinhos, uma dica: treinem mais jogos de vários tipos e parem de ficar só nos joguinhos de tiro e futebol. Tenho certeza que você pode ganhar tanta destreza quanto as pessoas que jogavam Megaman e Mario antigamente. E não se frustrem se vocês morrerem fácil, afinal, o jogo não explode depois do Game Over.

João RobertoProfessor (Parabéns!) João Roberto

#01 - Arroz sobre o feijão... sempre!

#02 - Nunca entendi direito essa ideia da dificuldade dos jogos. Assim como existem diversos tipos de jogos, existem diversos tipos de jogadores. Eu sou do tipo que só joga "Tiro, futebol e corrida", de vez em quando me aventuro por outros gêneros, mas logo volto à minha zona de conforto. Agora, se eu for me aventurar por um Zelda ou qualquer outro jogo, é óbvio que vou achá-lo difícil, pelo menos mais difícil do que estou acostumado.

Nunca fui jogador inveterado (me recuso a usar o termo hardcore), sempre joguei por diversão, e sempre achei os jogos antigos mais difíceis muito pelos controles, o que a maioria tenta esquecer, afinal, muitos jogos padeciam de controles ruins. Um exemplo recente disso é o Castle of Illusion. O jogo em si é muito fácil, mas aqueles controles escorregadios em que o Mickey quase nunca fica onde você quer acabam por dificultá-lo. Não é algo proposital do game e sim uma falha, gritante na minha opinião.

E tem mais, quando jogo eu quero ver o final do jogo e ficar contente com isso, não irritado...

A grande verdade é que, para mim, após alguns anos nesta indústria vital, os jogadores acabam por saber de antemão qualquer coisa que vá acontecer, seja em história, jogabilidade ou qualquer outra coisa e a tal dificuldade amenizada acaba servindo de desculpa. Mas sejamos sinceros, todo jogo tem opção de aumentar ou diminuir a dificuldade, com a Angela citou, vai lá e deixa no modo "GOD". Eu mesmo jogo sempre no "médio", não é fácil demais para ficar entediado, nem difícil demais para querer jogar o controle na parede...

TchulangueroTchulanguero

Jogos antigos era mais difíceis? Sim, muito! Isso os torna melhores? Nem sempre. O fato é, por mais que muito marmanjo negue, a dificuldade elevada nos jogos foi um recurso muito utilizado nos fliperamas para lucrar mais e nos consoles para alongar artificialmente a experiência de jogo. O ritmo de produção e o número de lançamentos eram bem menores, se o pessoal zerasse muito rápido logo enjoariam do cartucho e lá se foi a vontade de um próximo título. E não é atoa que hoje eu vejo grande parte desses jogos variando entre o "quebrado" e o ruim mesmo.

- Ain, maisi ieu zerouo juguim xpto incincu minutu sin levá danu!

Sério mesmo? Parabéns então cara... o que você quer, uma medalha por isso? Desculpa, embora eu reconheça a satisfação em superar um jogo muito difícil, isso é algo puramente pessoal e não te faz melhor do que ninguém... repetindo, NINGUÉM!

Jogos hoje são maiores, mais complexos e exigem uma série de outras habilidades do que simplesmente boa coordenação motora. E eu simplesmente também não tenho mais tempo para me dedicar tanto assim para um único jogo da mesma forma que eu tinha quando criança... ok, eu não tive videogame quando criança, mas vocês entenderam.

Agora, não vou ser injusto também. Existem jogos sim que beiram o ridículo de tão fáceis, te entupindo de recursos que retiram totalmente a dificuldade. Claro que jogos hoje em dia não precisam te limitar por vidas e te fazer repetir tudo novamente ao morrer, mas precisa haver alguma punição que faça com que você se empenhe em não morrer. Eu sempre digo, a boa dificuldade é aquela que faz com que você tenha que ser melhor, mas também com que você entenda o que está acontecendo e porque você está morrendo. Agora, também não adianta... sei lá, você estar passando por um tudo de vidro sobre um monte de lava e do nada um monstro aparecer e devorar você, sem nenhuma chance de reação. ! Não perco a chance de zoar esse jogo. :P

E pra encerrar, não esqueçamos também que parte dessa "frouxidão" que rola é culpa dos jogadores, como sempre. Para não me alongar, vou deixar uma imagem que ilustra bem a situação.

Jogadores novos no Miiverse- Como faço para abrir essas... portas!!!
- Não posso rastejar em Metroid?

Ah claro: feijão por baixo, arroz por cima.

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E então, a qual categoria vocês pertencem? São velhos rabugentos ou gostam de como as coisas evoluíram? Por favor, não me digam que não sabem usar a Morph Ball. Não importa, deem a sua opinião! E não deixem de sugerir novos temas para as butecadas, mandem um e-mail para butecada@vaojogar.com.br com as suas ideiaidéias. ;)

por Tchulanguero sobre Butecada Da Vez em 17/10/2014 às 08:26:42 veja no site
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