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As Aventuras De 5 Anos Do Marinho

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Iaê Mario, chega aê e se junte a turma dos trinta.

No último dia 13, Mario, o personagem mais famoso do mundo dos jogos, entrou para o seleto grupo de pessoas distintas que já completaram trinta anos. Apesar de todo o coro que fala que já não aguenta mais os jogos da série, e que a Nintendo só investe nela delegando outras, é inegável o quão forte o mascote é no mercado, e a quantidade absurda de bons jogos que ele trouxe, sejam os da série principal ou spin-offs. Para mim, tirando a série "party" e o mais recente New Super Mario U para Wii U, todos os jogos tem uma qualidade muito acima da média, com um esmero que poucas empresas tem com suas franquias.

Então eu pensei, eu, que segundo as pessoas sou um nintendista, já escrevi até sobre o aniversário do Sonic, que infelizmente não recebeu o mesmo tipo de tratamento ao longo dos anos por parte da SEGA, porque não fazer o mesmo com o encanador bigodudo? E depois de pensar um bocado sobre o que exatamente escrever, achei que seria mais justo falar sobre um dos jogos da série que provavelmente mais joguei e que representa bem o espírito de tudo: Super Mario World.

Cartucho de Super Mario WorldMeu cartucho surrado de Super Mario World
Apesar de ao longo dos anos termos recebido jogos incríveis, como o aclamado Super Mario Galaxy, que recentemente ganhou um excelente texto do Gamer Caduco que vocês deveriam ir ler depois, acho que posso quase que afirmar com certeza, que Super Mario World tem o seu lugarzinho reservado no coração da maioria dos jogadores de hoje, mesmo aqueles que não tem mais consoles da Nintendo... bem, eu disse a maioria né, mas não todos, certo Professor?

Mas vamos falar sobre o jogo...

A história começa com Mario, Luigi e a Princesa Peach visitando a Ilha dos Dinossauros, quando Bowser vai lá, rapta a princesa e captura alguns filhotes de dinossauros, porque... porque sim. Você só fica sabendo disso através de um bloco de texto no começo do jogo ou através do manual... outros tempos.

Logo de cara nós já somos colocados em um mapa bem mais aberto do que o que fomos apresentados em Super Mario Bros. 3, inclusive com dois caminhos distintos a princípio. E talvez essa seja uma das grandes sacadas desse jogo, porque apesar de você poder ir em todas as 75 fases e encontrar todas as 96 saídas, é permitido que você faça o seu próprio trajeto até o último castelo. Aliás, se você já conhecer bem as várias passagens secretas das fases, é possível zerá-lo em poucos minutos através de atalhos. Mas apesar do mapa aberto, a ideia de mundos temáticos dos jogos anteriores ainda existe, com várias regiões diferentes para serem exploradas.

Mapa de Super Mario World
E como acontece, ou pelo menos acontecia, com todo novo Mario 2D lançado, além da atualização de gráficos, trilha sonora, efeitos e afins, na época por conta da transição do Nintendinho para o Super Nintendo, o jogo introduzia também novas mecânicas além das tradicionais.

Logo no começo somos apresentados ao dinossauro verde Yoshi, que apesar de todo o sucesso e fama dos tempos atuais, já teve os seus dias de escravidão por aqui. Com ele, é possível engolir inimigos com sua língua, dar pulos mais fortes e servir de trampolim para salvar o Mario da morte certa, sua principal função. Ao longo do jogo, Yoshis de outras cores são encontrados, cada um com uma habilidade específica diferente ao manter um casco de tartaruga na boca: o azul consegue voar, o amarelo causa terremotos e o vermelho sempre cospe bolas de fogo ao soltar o caso. Também dá para conseguir esses mesmos efeitos com o Yoshi comum, é só fazer ele comer um casco de uma dessas cores.

Charge sobre Mario largando Yoshi
A outra grande novidade, que aparece na primeira fase do segundo mundo, é a peninha, que permite Mario voar pelas fases com uma estilosa capa amarela. Lembra um bocado a folhinha de Super Mario Bros. 3, a diferença aqui é que é possível planar pela fase inteira na maior parte das vezes, sem ter que tocar o chão. É uma boa estratégia, apesar de nem sempre ser possível e isso fazer com que você deixe muita coisa para trás, como as passagens secretas.

Mario voando usando a pena
O pessoal mais chato provavelmente vai reclamar que SMW ficou mais fácil que o título anterior e isso tirou parte da graça do jogo, já eu digo que ficou mais equilibrado e acessível. Isso acaba deixando a experiência no geral mais fluída e prazerosa para a maioria das pessoas. Acredite, o fato de você ter zerado um jogo antigo muito difícil da geração 8 bit não te faz especial e nem um jogador melhor, muito pelo contrário, prefiro bem mais um jogo em que eu possa compartilhar a experiência com o número máximo de pessoas, e a maioria das pessoas que você perguntar, jogadoras assíduas ou não, vão ter uma história para lhe contar sobre SMW.

Mas ainda sim, o design de níveis das fases além de variados são muito bem feitos, um dos aspectos que NSMBU, por exemplo, deixa muito a desejar. Além da variedade de ambientes, como a Ilha do Yoshi no começo do jogo, passando por cavernas, florestas (quem aí não se lembra das malditas fases da Floresta da Ilusão?), ilhas de chocolate e navios afundados, analisando este aspecto, chega até ser injusto o que falei ali em cima sobre esse ser um jogo fácil, existem fases realmente infernais, principalmente algumas especiais. Aquele lance também de ter caminhos alternativos e ter que procurar por diferentes saídas, faz com que a rotina não faça parte desse jogo.

Star Road
Além das fases tradicionais, existem também as casas fantasmas, onde geralmente você tem que enfrentar um Big Boo no final, as fortalezas chefiadas pelos Reznor, que são tipo uns triceratopes e claro, no final de cada mundo há um castelo sob o comando de um Koopaling diferente, que são aqueles lacaios do Bowser que todo mundo pensava serem filhos dele. Aliás, essas batalhas contra chefes são um dos poucos pontos fracos do jogo, a maioria vai requerer uma estratégia muito parecida, sendo mais uma mudança de dificuldade mesmo.

Batalha contra um dos chefes do jogo
Diferente do primeiro Super Mario Bros. para Nintendinho, que definiu o gênero de jogos de plataforma, Super Mario World não foi um jogo revolucionário em sua época, mas consolidou todas as bases desse tipo de jogo, presente até os tempos atuais. Foi um jogo de lançamento perfeito para um dos consoles mais queridos pelos jogadores, sabendo demonstrar bem as capacidades do Super Nintendo, com um dos gráficos 2D que eu considero dos mais bonitos, além de uma inspiradíssima trilha sonora de Koji Kondo. Aliás, se eu fosse fazer um top 10 de músicas de jogos que me marcaram durante toda a minha vida, a faixa que toca nos créditos com certeza estaria ali no meio.

Acho meio difícil alguém ainda ter não jogado nos dias de hoje, mas se não o fizeram eu recomendo fortemente. Além do Super Nintendo, que nem é tão difícil de conseguir, o jogo também ganhou uma versão para o GBA em Super Mario Advance 2, que conta com a adição de algumas coisinhas a mais, como um Luigi com jogabilidade diferente da de Mario (no original, o segundo jogador é só uma skin verde do bigodudo) e algumas adições de vozes, além de uma nova introdução. Atualmente é possível encontrar a versão original no Virtual Console do Wii e Wii U, sendo que nesse último também há a versão para GBA. Ou seja, não tem desculpa para não jogar.

Então o que estão esperando? Peguem todos as suas capas amarelas e Vão Jogar!

por Tchulanguero sobre Degustando, Super Mario World, Mario, Super Nintendo, Wii, Wii U em 18/09/2015 às 12:51:19 veja no site

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